Apesar de esbarrar em alguns problemas comuns à sua narrativa, 911 Lone Star ainda mantem tom sóbrio e certeiro
Há duas semanas, 911: Lone Star finalizou a primeira metade de sua segunda temporada. Uma temporada que, por sinal, filmaram em meio aos impasses provocados pelo isolamento social. Mesmo com esse cenário, e com a realidade incorporada à sua narrativa, o seriado soube bem como driblar as improbabilidades de se sair bem em seu segundo ano.
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Nessa primeira leva de episódios, os roteiristas equilibraram bem leveza, tensão e entretenimento. E, embora ainda seja envolta por maneirismos, Lone Star sabe como divertir.
Divisão de protagonismo

Crossover com 9-1-1 garante boas doses de tensão e alívio cômico. Imagem: Divulgação/Fox.
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Fica muito clara a intenção da série em dividir bem o tempo de tela entre seus personagens, mas, apesar das tentativas, o enredo ainda continua sendo de Owen, seu protagonista oficial. Nessa primeira parte, acompanhamos o personagem em seus esforços para ser um bom pai, um bom “esposo” e um bom capitão. Na contramão disso tudo, no entanto, problemas vem e vão com a mesma facilidade.
Algumas de suas tramas são interessantes, é válido pontuar, como a volta de sua ex-mulher e o consequente romance entre os dois, ou a boa notícia de que agora seu câncer está em remissão. Mas, como nem tudo são flores, há ainda uma subtrama cansativa, novelística e que não chega a lugar nenhum: Owen seria pai, novamente, mas o filho não é seu.
Mas e os outros?
Isso incomoda, sobretudo porque acaba roubando o espaço que outros personagens, também interessantes, poderiam ter, a exemplo de Grace e Carlos – este último, por exemplo, só tem espaço para brilhar no episódio 8.
Mas, o tempo de tela de Rob Lowe também é bastante alternado com Gina Torres, a nova capitã dos paramédicos, que foi uma adição mega bem-vinda ao seriado. Tommy Vega entrega momentos de tensão aliados a um desenvolvimento de personagem sólido e preciso. E Torres, vale ressaltar, se dedica bem ao seu papel.
Alivio X Tensão

Carlos e TK vivem romance ainda mais intenso na segunda temporada. Imagem: Divulgação/Fox.
911: Lone Star parece estar atenta ao que o momento pede do entretenimento. Seu segundo ano tenta aliviar o espectador na mesma medida em que o convence a continuar atento às suas histórias. E isso é feito com muito cuidado para, ora provocar riso, ora nos deixar tensos diante de emergências construídas em cima do improvável.
No meio disso tudo, por exemplo, o seriado oferece um crossover com 9-1-1 que soa bastante orgânico e ainda serve para que tenhamos interações entre personagens que culminam em eventos hilários. T.K e Buck são a grande surpresa dessa junção.
Outra decisão bem feita do show foi matar Tim Rosewater em um dos chamados. Tal acontecimento garante, por exemplo, maior presença de Nancy nas tramas e a mudança de TK para paramédico. A morte do personagem também funciona como um lembrete para que não percamos de vista que todos ali vivem diante do imprevisível.
Bad Call
Finalizando sua primeira metade da temporada com o excelente episódio “Bad Call”, 911: Lone Star prova que, mesmo sendo um derivado, ainda é um seriado forte e divertido. Daqui a algumas semanas, veremos o que o destino guarda para Grace e Judd. O melhor, sempre, é que sejamos surpreendidos.
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