Crítica: Com crise de identidade, 2×16 de Designated Survivor volta a olhar para o mundo
Review do décimo sexto episódio da segunda temporada de Designated Survivor, da ABC, intitulado "Fallout".
[spacer height=”20px”]
A melhora também poder ser descrita pelo “efeito Kim Raver”.
Estereótipos talvez sejam um dos principais problemas da televisão atualmente. Mesmo classificada num determinado gênero, uma série pode sim ter toques de comédia e drama ao mesmo tempo que bebem na fonte da ficção científica, flertam com ação e dão uma piscada para o suspense. “Nossa diversidade é a nossa força,” disse Angelina Jolie. E tal citação tem total cabimento num momento que a televisão tenta balancear o sucesso de Roseanne com o impulso em produzir o mais do mesmo. Estaríamos entrando num período de crise de identidade? Provavelmente. Todavia, eu argumentaria que Designated Survivor já está tão envolvida nessa fase que buscou um psicólogo.
Se te perguntarem sobre o progresso do tratamento, diga que o paciente está “experimentando” novos ares. O diagnóstico pode parecer apressado, mas ambas as partes concordaram em se encontrar caso exista alguma recaída. Para ser sincero, já vi tantas idas e vindas de Designated Survivor que a próxima que vez que eles cometerem os mesmos erros do passado, pedirei uma internação compulsória. Concorda? Ótimo. Agora que me diverti com analogias, vamos ao que Fallout nos conta: um olhar calamitoso sobre o mundo armado com armas nucleares.
Está bom, mas pode melhorar.
O tema pode parecer clichê, repetitivo, desnecessário e enjoativo num momento que o noticiário está inundado com Síria, Coréia do Norte, Irã e Rússia. Entretanto, colocando em perspectiva que Designated Survivor está na sua melhor forma desde quando essa segunda temporada, olharei para o lado e pensarei positivo. Até porque o roteiro nos oferece uma abordagem, ou melhor uma resolução fresca para a problemática. É claro que buscam toques de Donald Trump para constatar o que um Presidente errático faz em meio a frustração.
Confesso que não gosto dos buracos, principalmente na falta de verossimilhança em não apresentar o Secretário de Defesa, o Embaixador das Nações Unidas, o Secretário de Estado ou sequer um telefonema com o Reino Unido, França, Canadá ou Alemanha. É impensável um ataque dos Estados Unidos a outro país sem tais etapas ou pessoas ouvidas. Tudo bem que é TV aberta, mas lembro que foi a NBC quem exibiu The West Wing e não a HBO.