Crítica: Em episódio inesquecível, Grey’s Anatomy prova todo o seu potencial

Review do décimo novo episódio da décima quinta temporada de Grey's Anatomy, da ABC, intitulado de "Silent All These Years".

Imagem: ABC/Divulgação

Grey’s Anatomy exibe episódio inesquecível!

Meus caros leitores, o que dizer deste brilhante episódio de Grey’s Anatomy? Eu ainda estou tentando me recuperar do mar de emoções que foi assistir este inesquecível e emocionante episódio. Não há palavras que possam mensurar o poder deste episódio.

É notório o quanto o assunto estupro é polêmico. Muitos gostam de culpar a vítima pelo o que aconteceu, enquanto que outros preferem politizar sobre o tema, culpando a todos, exceto ao verdadeiro culpado. Infelizmente, estamos longe de achar um equilíbrio para essa questão.

Grey’s Anatomy tentou abordar este tema de uma forma simples, porém, muito reflexiva. Sabe aqueles episódios que conseguem tocar a sua alma e te deixam dias a fios falando sobre ele? Pois bem, foi exatamente isso o que aconteceu comigo depois de assistir ao 15×19.

É impossível não assistir ao episódio e não se sentir tocado pela história. Eu me vi muitas vezes na pela da Abby e confesso que não sei como reagiria no lugar dela. Esse medo que ela passou é normal, afinal, vivemos num mundo preconceituoso de todas as formas. Não importa quantas vezes dizemos não, sempre haverá alguém capaz de nos julgar e nos condenar por conta das atitudes de outras pessoas.

Passado e presente

Abby não será a primeira e nem a última a vivenciar tal ato. E acredito que foi exatamente isso que os roteiristas queriam mostrar. A partir do momento em que vimos um pouco mais sobre o passado de Jo e porquê ela havia sido abandonada, conseguimos compreender que a violência contra a mulher causa cicatrizes que muitas vezes são impossíveis de se curarem. A história do episódio foi bem amarrada e coube como uma luva para Jo.

Talvez ela precisasse atender a Abby para poder se fortalecer mais ainda e curar a mágoa de ter sido abandonada. Não acho que a mãe dela possa retornar ao seriado, pelo menos, não tão cedo… Entretanto, Jo precisa fechar essas cicatrizes abertas da mesma forma que ela incentivou sua paciente. Aliás, a forma como ela ajudou Abby foi linda e arriscada. Ela e Teddy não só deram todo o suporte necessário para Abby, como foram a luz na vida da garota.

Um dos momentos mais impactantes e emocionantes do episódio foi ver todas as mulheres do hospital no corredor, mostrando apoio e dando força para alguém que não conheciam e nem sabiam o que estava acontecendo. Foi muito importante para a construção do episódio. Afinal, não importa de que lado você está em relação a este assunto, quando você se sente insegura, é importante se sentir protegida por pessoas que poderão te entender. E foi isso o que eu senti com essa cena.

Mas qual é a verdadeira história de Jo Wilson Karev?

Desde que eu tinha assistido a promo do episódio, fiquei com a pulga atrás da orelha em saber quem era o pai da Jo. Tinha um lado meu com receio de que ela fosse irmã do Alex e, se isso acontecesse, não conseguiria perdoar Grey’s Anatomy tão cedo. Também tinha pensado que ela pudesse ser uma irmã perdida dos Shepherd, o que poderia justificar o retorno da família mais tradicional do seriado.

Porém, jamais passou pela minha cabeça que ela fosse fruto de um estupro. Não um estupro convencional, daqueles que vimos em noticiário ou que aconteceu com a Abby. Mas, sim, de um ato cruel entre marido e mulher. Foi chocante saber que a mãe dela sofreu durante meses e que tinha medo do bebê nascer com a cara do seu violentador. Talvez seja por isso que senti um nó na garganta quando ela revelou tudo à Jo.

Se não bastasse escutar essa revelação bombástica, descobrimos que Jo já esteve grávida do seu ex-marido e que abortou por medo do que poderia acontecer com ela e o bebê. Foi a escolha mais difícil que ela havia feito, mas sabia que era a necessária naquela época. E foi por esse motivo que ela não condenou a mãe depois de saber toda a verdade. Entretanto, ficou nítido que sua mãe ainda não está pronta para se envolver com ela. O que é pior: saber que nasceu de um estupro ou continuar se sentindo rejeitada?

PS: A atuação de Camilla Luddington foi impecável. Mas quem merece todos os aplausos do mundo foi Khalilah Joi que foi simplesmente espetacular interpretando Abby.

Sobre o autor
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Gabriella Siggia

Quem eu sou? Eu sou uma em um milhão: escritora nas horas vagas, seriadora de coração, cinemática de plantão e amante da literatura. Divertida, alto astral e bastante bem humorada. Só não achei ainda minha outra pessoa. Ah, música faz parte da minha vida.

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