Crítica: Entre tripas e pancadas, Jesse – finalmente – recupera seu poder no 3×09 de Preacher
Review do nono episódio da terceira temporada de Preacher, da AMC, intitulado "Schwanzkopf".
Esse episódio foi cheio de boas surpresas. Cass descobrindo a verdade sobre sobre seu amigo vampiro. Tulip e seus planos ao estilo Nazaré Tedesco. E, finalmente, o “Gênesis” funcionando direito.
Esperamos tanto por esse momento que nem consigo descrever o sentimento, quando Jesse deu seu primeiro comando ao recuperar Genesis. Euforia total!
Eu tenho que tirar o chapéu para as estratégias de Jesse. Por mais absurdos que pareçam, seus planos sempre dão certo. Eu tive de ver novamente a cena em que o Grande Pai o solta para entender o que tinha acontecido ali. Achei bem planejado! O tanto de tiros que o Jesse deu me fez realmente crer que o gordão tinha uma certa blindagem nas suas banhas. Até a explosão da entidade foi mais demorada nele! Foi muito engraçado ver Jesse sendo esmagado, enquanto lutava por sua vida e pelo privilégio usar o Gênesis.
Escatologia para dar e vender
Ainda sobre a sequência de Jesse contra o Grande Pai, não tinha como imaginar que tudo aconteceria daquela forma. A obstinação de Jesse para deter o gordão e recuperar seu poder trouxe uma das sequências mais nojentas da série. Foi um esforço tão grande que vômito nenhum parou o Preacher, e nojinho nenhum foi capaz de separá-lo da fração de sua alma. O frasco da alma do Preacher escorregando pelo restinho do reto do Grande Pai foi o ápice escatológico do episódio. Digna de Preacher mesmo!
Ver o Starr com o terno branquinho e aquela boina bem estilosa se sujando nas entranhas do Grande Pai foi bem legal também. Ele bem que tentou impedir Jesse de alcançar a alma que tinha acabado de sair em formato de peido. Uma sequência para ser esquecida, mas que certamente será lembrada por muito tempo.
Sem chapéus!
Um ponto bem interessante é que o poder de Gênesis dá espaço para brechas muito absurdas. Um exemplo claro disso foi a confusão que isso causou nos primeiros episódios da série. Para ser didático, basta lembrar do Sr. Odin Quincannon servindo ao deus da carne, quando Jesse o ordenou que “servisse a Deus”, mas não explicou qual deus era.
Por mais que eu goste do Jesse, eu estava esperando ele perder o embate para o Starr na luta contra sua alma. Mas foi um embate bem justo, o Preacher só ganhou porque tem mais experiência em briga de rua. Achei muito engraçado o Herr Starr apoiando Jesse, depois de perder a briga, só para não sofrer as consequências. Foi engraçadíssimo ver o Herr Starr provando aquele monte de perucas, sem conseguir escolher nenhuma.
A caminho do inferno
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Os planos de Tulip, apesar de bem elaborados, só serviram para darmos risada mesmo. Acho que a ironia dessa aventura foi que os seguidores de Hitler deram uma oportunidade para Tulip, uma negra, ser salva. Eu até achei muito estranho ela tentar livrar a Featherstone das garras do anjo da morte, mas tudo voltou ao normal da série quando Eugene estragou o plano dela, ao chamá-la pelo nome completo.
Na temporada anterior, o Cass teve o problema com Denis. Agora, ele conhece o Eccarius e se frustra novamente. Começo a ter uma boa noção do porquê da aversão de Eccarius. Meu desejo é que ele sofra mais que o Denis, como punição pelo seu sadismo.
E já estamos no final dessa temporada…
Temos mais um episódio para nos deleitar com essa fase de Preacher. O que posso dizer é que talvez a Madame L’Angelle também está a alguns passos do seu caminho para o inferno. Fico imaginando o que ela tramou para evitar que Jesse a ataque, estou curioso para ver como será essa treta no último episódio da temporada. Por mim, ele teria o dobro de duração, só para podermos curtir um pouco mais de Preacher na telinha antes de esperar pela próxima temporada.
Até a próxima!