Crítica: Episódio 1×04 de Pátria deixa a emoção de lado e foca em Txato

Critica do episódio quatro da primeira temporada de "Pátria" nova série da HBO, intitulados "Txato, entzun, Pim, Pam, Pum".

Crítica 1x04 Pátria
Imagem: Divulgação: HBO MAX

Pátria entrega episódio um pouco diferente e se concentra nos últimos dias de vida da verdadeira vítima da história

Em ‘Txato, entzun, Pim, Pam, Pum‘, Pátria retoma a história onde foi deixado pelo episódio anterior, com Bittori desmaiada no chão pela doença que está consumindo sua vida. A perseverança dessa personagem é impressionante. E apesar de estar fraca e doente, ela não abandona seu objetivo de conhecer toda a verdade sobre o assassinato de seu marido.

O quarto episódio ainda não responde a pergunta principal que Bittori procura: quem assassinou Txato? Realmente foi Joxe Maria, o filho de sua ex- grande amiga que na época se filiou ao grupo terrorista ETA, que puxou o gatilho? Ainda não temos essa resposta, mas em um dos melhores episódios até o momento da história, Pátria deixa a emoção de lado, e entrega um episódio tenso, onde mesmo já sabendo o que acontece, deixa a tensão no ar de que a qualquer momento iríamos ouvir (novamente), os três tiros que tiraram a vida do marido de Bittori. 

Txato verifica se não colocaram uma bomba em seu carro 

Através de um novo flashback, acompanhamos como Bittori e Txato sofrem as consequências das constantes ameaças da organização terrorista. Por um lado, Bittori é alvo de conversas em que se percebe que nem ela e nem sua família são mais bem-vindos na comunidade. Por outro lado, Txato vive em constante alerta, verificando se o ETA não colocou nenhuma bomba em seu carro e vendo como seus velhos amigos viraram as costas para ele, incluindo seu grande amigo Joxian.

Enquanto isso no tempo presente, Bittori continua sua missão de entrar em contato com Joxe Mari, e entrega uma carta para que Joxian direcione a seu filho na prisão, e para surpresa da viúva de Txato, ela descobre que ele não visita seu filho há um tempo, deixando a entender que Joxian não apoiava a vida que seu filho levava.

Imagem: Divulgação

A covardia é verbalizada

A covardia é verbalizada e fica explícita na conversa entre Joxian e Txato, “- saudação com a mente não funciona”. O marido de Bittori diz isso para seu, até então, grande amigo, quando o mesmo o ignora na frente de sua família e de amigos, e quando não tem ninguém por perto, ele diz que o cumprimenta em pensamento.

Txato e Joxian são os personagens mais sensatos de toda a série, mas foram consumidos pelas circunstâncias do momento que eles estão passando. Nesse momento, fica claro o fim da amizade compartilhada por anos foi quebrada, não pelo ódio, mas pelo medo.

Joxe Mari recebe carta branca do ETA

Aprendemos um pouco mais sobre as atividades clandestinas de Joxe Mari e a formação do comando Oria da ETA, onde eles têm carta branca para fazer o que quiserem. O filho de Miren sente uma estranheza ao retorna à sua comunidade, ele fica rodeando a vizinhança, próximo a casa de Txato, e chega a encontrar com o protagonista, o que deixa Joxe assustado e Txato sem entender. 

Nos momentos finais, vemos novamente Joxe Mari, agora junto com um outro membro do grupo terrorista, próximo a casa do empresário. Eles sabem, exatamente, o horário que Taxto sai para trabalhar, e vemos novamente aquela cena, ja exibida nos episódios anteriores, quando o empresário se despede de sua esposa e sai andando no meio da chuva. Sem deixar a vítima perceber, os terroristas seguem o marido de Bittori e, logo em seguida, ouvimos os três disparos, e novamente, não vemos quem apertou o gatilho. Portanto, a história entrega que Joxe Mari estava presente no momento do crime, e pode responder a dúvida que consome Bittori nos dias atuais. 

O protagonista tem pouco destaque

Eu sei que encontramos uma adaptação bastante direta do romance de Aramburu, mas se eu puder destacar algo ruim deste episódio 4 é o quão pouco é desenvolvido seu protagonista. Nesses pouco mais de cinquenta e sete minutos de episódio, é evidente que há pouco interesse em conhecer melhor o personagem Txato.

Por outro lado, a série sabe como nos levar para onde quiser em seu retrato sem impedimentos das sequências da ETA. Talvez precisamente afastando-se da dinâmica Miren/Bittori, este episódio se destaca, e se torna uma boa amostra do que a série pode alcançar.

Imagem: Divulgação: HBO MAX

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Sobre o autor
Paulo Mateus

Paulo Mateus

Carioca que mora nos EUA desde 2014. Redator no Mix de Séries desde 2018, fã de Friends e The Good Fight, e acompanho Grey's Anatomy desde sua estréia.

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