Crítica: Episódio 1×12 de The Good Doctor traz novas definições de emoção
Review do décimo segundo episódio da primeira temporada de The Good Doctor, da ABC, intitulado "Islands (Part 2)".
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Quando o sentimento toma conta, não é necessário palavras para descrever a beleza. Esta semana tivemos um dos episódios mais marcantes que já vi em diversos seriados até hoje. Tenho certeza que a combinação Islands ficará guardada em meus pensamentos por um longo tempo e se consagrará como um dos melhores episódios de TGD, independente da quantidade de temporadas que tivermos. Foi tudo tão intenso que ficou difícil processar as informações. Primeiro, que na confusão do plot das irmãs já não sabia mais se tinha coragem de reclamar da vida. A posição da mãe nesta história mexeu comigo profundamente.
Enquanto na primeira parte deste combo de episódios vivenciamos o dilema de Shaun, agora temos o foco no caso das gêmeas. Quando vi o episódio da semana passada, nunca imaginei que a situação chegaria ao ponto que foi apresentado. A crítica de “decisão” entre um de seus filhos leva o episódio a mais do que um simples caso. Ele nos leva a crer que apenas uma sobreviverá, depois te dá esperanças de ver as duas bem e acaba mudando totalmente o rumo das coisas. Tudo isso, implicando mais uma vez na condição de que a vida é uma caixinha de surpresas.
Shaun não deixa seu brilhantismo de lado na série e, mais uma vez, somos surpreendidos com seus pensamentos. Aquelas cenas da anatomia passando por sua cabeça conferem uma realidade interessante ao entendimento do caso. Além disso, é um diferencial interessante proposto pela série aos seus fãs. Voltando ao bom médico, ele ainda se encontra abalado e confuso com a partida de Lea. Aquela confusão de transferência não passou de um drama para enrolar o episódio e dar destaque a outro ponto que não fosse o caso principal. Podemos perceber isso também com o retorno de Kalu, que já era esperado, mas teve seu ponto de drama.
Foi bom mencionar esse retorno, pois ainda me pego a pensar sobre determinada situação. Assim como o dilema agressão X assédio, vemos neste episódio outra dualidade. O rapaz deveria usar suas armas para retornar ao hospital, mas, utilizar o racismo como ponto principal foi a um extremo. Realmente, assim como Andrews disse ao garoto, não vejo sentido nesse argumento. Os pontos de defesa denegriram sua posição racial e acabaram voltando contra si. Apesar de não crer no desenvolvimento da situação pelos próximos episódios, há de se esperar um trabalho duro em cima de Kalu com esse retorno.
As emoções não ficaram apenas no caso da semana. Mais uma vez, refuto meu pensamento quanto à presença de Lea na vida de Shaun. A garota consegue trazer todo o lado aventureiro e que deseja descobrir o mundo do rapaz. Uma pena que ela nos deixe tão cedo, mas esperamos ansiosos pelo seu retorno. A dinâmica entre os atores é muito boa e, assim como elogio a participação de Freddie na série, devo fazer com Paige Spara, que interpreta a garota. As falas saem naturalmente, a comunicação entre ambos é boa e ela conseguiu trazer uma personalidade marcante à sua personagem.
Foi com a emoção no peito e tristeza no olhar que nos despedimos de pacientes tão queridas na série e que cativaram bastante. Mas, por nossas experiencias com séries médicas, muitos ainda farão o mesmo. Ambos os diretores que trabalharam nessa sequência de episódios estão de parabéns. O formato de um episódio duplo no meio da temporada, no meu ponto de vista, ajuda com uma conexão interessante. Como se desse um gás maior para continuar a assistir. A série vem tomando posições incríveis, seja na abordagem de Shaun ou dos casos apresentados. Espero que o sucesso se estenda por muitos e muitos anos e que possamos acompanhar o crescimento deste incrível trabalho.
E vocês, o que acharam do episódio? Na próxima semana estamos de volta com mais reviews, e não deixe de acompanhar o Mix com as notícias do mundo das séries. Até lá!