Critica: Final da 2ª Temporada de Cloak and Dagger sugere romance e crossover com Runaways

Crítica do final da segunda temporada de Cloak and Dagger.

Cloak and Dagger explora origem do vilão e suas motivações

O penúltimo episódio da temporada de Cloak and Dagger focou em Andre, sua antiga vida, no acidente da Roxxon e como sua vida mudou. Ele era um simples músico de jazz que acabou sendo exposto a explosão da plataforma da Roxxon e adquiriu uma habilidade. Foi no hospital que ele encontrou Lia. Ela se tornou sua primeira vítima, e juntos eles criaram o grupo de apoio às mulheres para alimentarem suas energias.

Andre já sofria com dores de cabeça durante sua carreira de músico, mas, após a explosão da Roxxon, essas dores pioraram. A saída que ele encontrou para aliviar sua dor foi explorar a dor dos outros. Ele não se enxerga como vilão, pois na sua cabeça suas ações são totalmente justificadas. Explorar qualquer pessoa é algo terrível, e ele não só explora a dor, como há também a exploração sexual. Isso alimenta ainda mais a dor das garotas e, consequentemente, o alimenta também.

Conhecemos um pouco a história de Lia que trabalha no hospital e estava fadada a trilhar um caminho que ela não queria. Ela era uma pessoa infeliz. Ela e a Andre foram pessoas que perderam muitas coisas. Mas isso não é justificativa para fazer mal ao próximo. É isso que os torna vilões. Apesar de todos as dores e perdas, Tandy e Tyrone decidiram usar tudo isso para fazer o bem.

Tandy e Tyrone correm contra o tempo para deter o vilão

Enquanto o passado de Andre e Lia é explorado por flahsbacks, nossa dupla de heróis trabalha unida para encontrar Andre. Tandy acredita que Lia pode ajudar, mas a detetive O’Reilly, que agora está fundida com Mayhem quer matar Lia. Afinal, ela é tão ruim quanto Andre. As duas, que alguns episódios atrás tinham a mesma forma de pensar, agora divergem e isso gera um conflito físico.

Tyrone acredita que a melhor forma de rastrear Andre é pedindo ajuda as gangues da cidade, e realmente seu plano funciona. Mas a realidade é ainda pior. Andre está tocando sua música para uma multidão de pessoas e a mãe de Tandy está lá. A dupla testemunha a ascensão de D’Spayre se alimentando das dores de todas aquelas pessoas, tornando-as vazias e sem esperança.

O episódio fez uma importante denúncia sobre o suicídio e ao final do episódio orienta que as pessoas procurem ajuda. Essa temporada tocou em alguns temas sociais bem relevantes. Não poderia deixar de comentar o diálogo entre Andina e Tyrone, em que  ele percebeu qual foi a decisão que sua mãe tomou e que agora ela terá que lidar com isso.

O final sugere que a cidade de Nova Orleans será atacada e desse vez será de forma psicológica atingindo a dor de todos. Andre conseguiu entender a extensão de seus poderes com ajuda da Veve, o símbolo vodu que representa o deus Loa. Ele agora está muito mais forte e Tandy e Tyrone terão mais uma vez que cumprir seu papel como par divino.

Para enfrentar o vilão, Tandy e e Tyrone precisam enfrentar seu próprios demônios

O último episódio da segunda temporada foi incrível, cheio de ação, desenvolvimento, e se tornando a conclusão de um capítulo da jornada de Manto e Adaga. Localizar Andre foi a parte fácil, o difícil foi enfrentá-lo. Ele esteve na cabeça dos dois e sabe que o melhor jeito de enfraquecê-los é separando os dois. Mas essa temporada trouxe o amadurecimento que Tandy e Tyrone precisavam e a união deles se tornou mais forte.

Foi emocionante ver um chamando pelo outro. Eles são duas partes de um todo, o yin yang do outro. Andre conseguiu elevar seu poder, mas manto e adaga são mais fortes e quebram a magia de Andre. A batalha tomou outro nível quando eles enfrentar o medo do outro. Enquanto Tyrone enfrentou o pai de Tandy, ela teve que enfrentar uma versão “perfeita” de Tyrone.

A batalha final não poderia acontecer no mudo real. Fez total sentido acontecer em outra dimensão e quem possibilitou isso foi Evita. Após ocupar o lugar da tia, ele agora tem mais controle de suas habilidades. Mas manter o portal aberto era uma tarefa difícil. Foi muito bom ver Brigid ajudando Evita a proteger o portal. Agora que ela controla as duas personalidades.

Um encerramento competente e um futuro cheio de possibilidades

Eles ficam por um tempo presos no encanto da música de Andre, mas conseguiram se libertar. Ele tinha muitas vítimas no seu show de horror particular, então trazer a mãe de Tandy e a Dra. Hess tornou tudo mais pessoal. E a batalha mais decisiva. A união de poderes de Tandy e Tyrone foi o fator crucial para finalmente derrotarem o vilão. A invocação de uma espada de luz mostra que Tandy está dominando muito bem seus poderes.

Tandy e Tyrone, mesmo lutando suas próprias batalhas e enfrentando seus próprios medos, encontraram um lugar no qual os dois podem lutar juntos. A parceria deles foi muito explorada nessa temporada e trouxe bons momentos. Foi emocionante ver um defendendo o outro e lutando pelo outro.

Ah, e não poderia deixar de citar que a trilha sonora continua sendo incrível. As músicas refletem a ação em tela, assim como o estado de espírito dos personagens. É a musica que dá a identidade a série. A versão cover de “Take On Me” marcou o final da temporada.

Esse final de temporada mostrou que mais importante que o destino de manto e adaga é a jornada deles. Um caminho de descobertas e aprendizado, um caminho que eles devem trilhar juntos. Tyrone e Tandy finalmente perceberam que unidos são mais fortes. Com indícios de romance e a sugestão da mudança deles para Los Angeles, é cedo demais para pedir um crossover com Runaways (Fugitivos)?

Até a próxima temporada!

Sobre o autor
Yuri Moraes

Yuri Moraes

Bacharel em Direito, estudante de Marketing Digital. É fascinado pelo universo dos heróis e apaixonado por séries e filmes. Livros de suspense policial são seus favoritos. Boa música e reality shows nao podem faltar. A série favorita, The OC. No Mix, colabora com algumas críticas de séries como, Blindspot, Ozark, La Casa de Papel entre outras.

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