Crítica: Freud, nova série da Netflix, é um thriller psicológico interessante

Crítica da primeira temporada da série Freud, distribuída mundialmente como uma produção original Netflix. Atração estreou nesta segunda (23).

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Imagem: Divulgação

Na série Freud, o pai da psicanálise é apresentado como um jovem investigador de crimes… mas com elementos sobrenaturais

A Netflix segue expandindo seu catálogo e apostando no mercado internacional. Dessa vez, a plataforma acaba de lançar sua primeira produção austríaco-alemã, Freud.

A série apresenta o jovem Sigmund Freud (Robert Finster) na cidade de Viena em 1886. Com isso, a trama retrata o período no qual as teorias de Freud começaram a ganhar notoriedade, ao passo que enfrentavam resistência dos intelectuais. Freud se une à um policial, Alfred Kiss (Georg Friedrich) e uma médium chamada Fleur Salomé (Ella Rumpf) para resolver um crime. A investigação revela uma grande conspiração criminosa na cidade.

A série é uma história de crime e conspiração com ares de suspense psicológico, e que tenta mostrar através das experiências perturbadoras de Freud, como ele criou seus métodos e teorias. A psicanálise, o conceito de ID, ego e superego vieram justamente de tudo que ele viveu e/ou pesquisou, sobretudo por conhecer profundamente a mente humana.

Mas não se engane, essa não é uma história biográfica, ainda que apresente alguns elementos da vida do psicanalista. Freud inicia sua jornada tentando provar que não é um charlatão para a rígida comunidade intelectual da época. A técnica de hipnose para tratar pacientes com histeria é apenas o início. A partir daí, Freud se vê envolvido em uma investigação de assassinatos em meio a uma trama política.

Uma história sobre hipnose e mistérios sobrenaturais

Freud começa com o estudo da hipnose, algo que não era visto com bons olhos na época. Com o passar do tempo ele desperta para novas teorias e conceitos. E principalmente, desperta para os eventos que se desenrolam nas ruas de Viena. Não demora muito para perceber quais são as reais intenções da Condessa Sophia (Anja Kling), uma hipnóloga muito melhor que Freud. Enquanto os planos da Condessa ganham novas dimensões, cenas de canibalismo, pessoas cobertas por sangue, câmaras de tortura, convulsões, sonhos delirantes e sexo dão o tom e ação a trama.

A série possui a mesma atmosfera de Penny Dreadful, ainda que sua fotografia não seja tão escura quanto, a trama explora bastante o sobrenatural. Fleur Salomé é o tipo de personagem complexa, cheia de camadas e totalmente perturbada por seus próprios demônios. Qualquer associação com Vanessa Yves vivida pela incrível Eva Green, é inevitável. Sua fragilidade é suscetível a técnica de hipnose de Freud. Assim, ela se torna sua principal paciente e objeto de estudo sobre o inconsciente. É claro que em algum momento as coisas esquentam entre os dois, mesmo que ele tenha um relacionamento à distância.

A personalidade de Freud e a ambientação da série nos remetem automaticamente à série The Alienist. O ator Robert Finster é convincente como médio judeu ambicioso com um queda para cocaína. Por outro lado, temos Alfred Kiss, um veterano de guerra marcado pelo trauma. A vivência da barbárie, a submissão a ordens sádicas de seu superior… tudo isso o tornam um homem instável. Ele surge como uma oportunidade que Freud precisava para provar que suas teorias sobre o inconsciente tem fundamento.

Considerações finais sobre Freud

A série traz uma nova visão sobre o psicanalista. Ainda que seja baseada na vida de Freud, a série apresenta um personagem ficcional envolvido em uma trama sobrenatural, assim como aconteceu com os filmes Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros e Orgulho e Preconceito e Zumbis. Ainda que a história fuja da realidade, o toque sobrenatural é um recurso positivo.

A primeira temporada de 8 episódios entrega uma trama intrigante desde o primeiro episódio. Apresentando teorias como o complexo de Édipo, da repressão psicológica e do inconsciente com uma série de viagens perturbadoras pela psique humana.

Como a série se baseia na vida de Sigmund Freud, pode ser que uma segunda temporada consiga aprofundar ainda mais nos métodos e praticas do pai da psicanálise.

Se você ainda não conferiu, fica a nossa dia. Confira abaixo o vídeo promocional da série.

Sobre o autor
Yuri Moraes

Yuri Moraes

Bacharel em Direito, estudante de Marketing Digital. É fascinado pelo universo dos heróis e apaixonado por séries e filmes. Livros de suspense policial são seus favoritos. Boa música e reality shows nao podem faltar. A série favorita, The OC. No Mix, colabora com algumas críticas de séries como, Blindspot, Ozark, La Casa de Papel entre outras.

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