Crítica: Gen V tem início poderoso e carrega o legado de The Boys

Semelhante a obras como X-Men Evolution, ou o anime Boku no Hero, Gen V surge com uma proposta de abordar uma história que se passa em uma escola com jovens poderosos. Aliás, a série, que faz parte do mesmo universo que The Boys, expande a famosa franquia da Prime Vídeo.

Gen V, em seus primeiros episódios, faz bastante referências e menções a personagens de The Boys. O que faz com que provavelmente quem nunca viu a série não entenda muitas coisas, principalmente as aparições de Ashley (Colby Minifie).

O spin-off é uma série que explora a primeira geração de super-heróis que sabem que seus superpoderes provêm do Composto V. Portanto, esses heróis colocam seus limites físicos e morais à prova, competindo pelo ranking mais alto da escola.

Início marcante

A série começa com uma cena bem impactante, na qual vemos Marie Moreau (Jaz Sinclair) descobrindo seus poderes e, acidentalmente, matando seus pais. Essa cena é repetida várias vezes ao longo do episódio, como forma de mostrar o trauma da protagonista. O que funciona bem, principalmente para justificar suas ações, embora também demonstre uma falta de confiança nas habilidades da atriz.

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Marie é uma protagonista marcante e eficaz, representando a recém-chegada que está descobrindo que a realidade dos supers difere das idealizações que ela tinha. É fácil sentir empatia por Marie e torcer para que as coisas deem certo para ela. No entanto, em certo ponto, Marie acaba sendo deixada de lado, já que ela não é tão carismática quanto Emma e não é ela quem impulsiona a história, uma tarefa que fica a cargo de Andre.

Uma pequena mulher que rouba a cena

Emma, interpretada por Lizze Broadway, parece ser inicialmente a amiga engraçada da protagonista, mas acaba se desenvolvendo como uma personagem complexa. Lizzie desempenha seu papel muito bem, alternando entre o humor e o drama.

Na série, Emma protagoniza uma das melhores cenas cômicas do universo de The Boys no primeiro episódio. Mas, logo em seguida, no segundo episódio, ficamos extremamente tristes com a forma como ela é tratada pelos colegas de classe.

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Além disso, um destaque notável é como o programa aborda as dificuldades de Emma e Marie em se encaixar na sociedade, associando os poderes das personagens a comportamentos autodestrutivos.

A história começa a andar

Como a jornada de Marie e Emma são mais intimistas, o foco é mostrá-las tentando se encaixar no mundo. Assim, o avançar da historia acaba ficando para Andre (Chance Perdomo). Filho de um herói famoso e com uma posição no top 10 da escola, Andre estava feliz e bem estabelecido dentro daquela sociedade, até que uma tragédia acontece.

Conhecemos Andre junto ao grupo de Luke (Patrick Schwarzenegger), o herói número 1 no ranking da escola. Inicialmente, para aqueles que já conhecem The Boys, pensamos que eles são uns verdadeiros babacas. No entanto, a série acaba provando o contrário e chegamos a gostar desses personagens.

Embora inicialmente Andre pareça ser um personagem irrelevante, que vive a sombra de Luke, o personagem mostra sua relevância para a história no segundo episódio, quando ele inicia suas investigações a respeito da escola. Sua demonstração de afeto por Luke, que não fica claro se é apenas uma amizade/irmandade ou um relacionamento homoafetivo, é bonita de se ver. E sua parceria com Cate (Maddie Phillips) tem se mostrado promissora.

Neste segundo episódio, vale ressaltar Dr. Edison, interpretado por Marco Pigossi, que apareceu apenas uma vez. Todavia, continuamos na torcida para que nosso brasileiro tenha destaque na série.

Por fim, vale destacar que Gen V é uma grata adição a um universo que The Boys deu o ponta pé alguns anos atrás, revolucionando o modo de se contar – ou debochar – das histórias de super-heróis. Certamente, será uma competição para ver qual dessas séries mais vai utilizar do gore para zombar de um estilo tão amado.

Gen V estreia nesta sexta-feira (29) com 3 episódios no Prime Video.

Nota: 5/5

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Italo Marciel

Redação

Jornalista por formação e publicitário por aproximação. Desde a graduação, circulo entre as duas áreas e isso me preparou para atuar com mais segurança e amplitude na Assessoria de Comunicação Política, área na qual trabalho desde 2013. Ao todo, já são são oito anos gerenciando a comunicação de parlamentares do legislativo municipal. Entre as minhas principais atribuições estão: criação e gerenciamento de conteúdo textual e visual (artes, fotos e vídeos) para redes sociais; planejamento de pronunciamentos; preparação de pauta para reuniões e entrevistas; relacionamento com a imprensa. Além disso, tanto tempo no meio me trouxe conhecimentos intermediários de assessoria parlamentar, onde auxilio na construção e revisão de projetos e no relacionamento com pastas do poder público de direto interesse dos mandatos. No Mix de Séries atua como jornalista e redator de notícias gerais, desde 2017. Também produz críticas e conteúdos especiais voltado para a área de streaming.

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