Crítica | Goyo, filme da Netflix, explora o amor e maturidade
Goyo, novo filme da Netflix que está no Top 10 da plataforma, está fazendo grande sucesso. Confira a resenha.
“Goyo“, dirigido por Marcos Carnevale, é a mais recente adição ao catálogo de filmes românticos da Netflix. Lançado em 5 de julho de 2024, o filme conta a história tocante de Gregorio, ou Goyo, um jovem com síndrome de Asperger que se apaixona por uma mulher mais velha.
Ambientado em Buenos Aires, Argentina, o filme explora temas de amor, maturidade, e os desafios enfrentados por pessoas com Asperger.
A história do filme Goyo
Goyo, interpretado por Nicolás Furtado, trabalha como curador em um museu de arte na cidade. Ele é altamente qualificado e respeitado por seus colegas, apesar de suas interações sociais serem limitadas devido ao seu transtorno. Goyo se apaixona por Eva Montero (Nancy Dupláa), uma colega de trabalho que enfrenta um relacionamento abusivo com seu marido e é mãe de dois filhos. Com a ajuda de seu irmão Matute, Goyo tenta entender e expressar seus sentimentos por Eva, enfrentando inúmeros desafios pessoais e emocionais.
Goyo tem ótimos acertos
Um dos pontos mais belos do filme é a normalização de uma história de amor envolvendo alguém com síndrome de Asperger. A representação realista de Goyo e as dificuldades que ele enfrenta surgem de maneira informativa bem como sensível, sem exageros. O filme, além disso, também aborda com eficácia o abuso emocional e físico, oferecendo uma visão honesta sobre o sofrimento de mulheres em casamentos abusivos.
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A direção de Marcos Carnevale merece elogios pela maneira como desenvolve a química entre Goyo e Eva, especialmente durante uma longa cena de encontro na casa de Goyo. Essa sequência destaca a intimidade e a vulnerabilidade dos personagens, apresentando-os em suas formas mais cruas e humanas.
Nicolás Furtado entrega uma performance comovente como Goyo, capturando a essência do personagem sem recorrer a exageros. Sua atuação sutil permite que o público veja o mundo através de seus olhos. Nancy Dupláa, como Eva, é igualmente brilhante, retratando uma mulher que encontra em Goyo um porto seguro em meio ao caos de sua vida pessoal.
Temas e Mensagens
O filme destaca a importância de compreender e aceitar pessoas com transtornos de desenvolvimento, mostrando como suas experiências e percepções são únicas. Também enfatiza a necessidade de compaixão e apoio para mulheres em relacionamentos abusivos, além de abordar a falta de consciência e compreensão sobre a síndrome de Asperger, especialmente entre gerações mais velhas.
“Goyo“, portanto, é um filme emocionante que traz à tona questões importantes através do gênero de drama romântico. Embora não seja perfeito, suas representações autênticas e performances sinceras fazem dele uma experiência digna no catálogo.