Crítica: Madam Secretary faz uma avaliação pontual sobre os perigos do protecionismo no 4×13
Review do décimo terceiro episódio da quarta temporada de Madam Secretary, da CBS, intitulado "Reading the Signs".
[spacer height=”20px”]
Comércio internacional, talibãs e… ansiedade na adolescência?
Madam Secretary ficou tanto tempo de folga que já estava pensando na possibilidade de considerar Rex Tillerson um Secretário de Estado normal, vocês acreditam? Felizmente, Elizabeth McCord está de volta. Seu objetivo? Falar sobre um dos assuntos do momento: acordos de livre comércio. Todavia, nada de exclamar em frases de efeito a importância de fazer negócios com outros países. Não. O roteiro mostrou o porquê eles são importantes de uma maneira sutil. Principalmente na Ásia e no Pacífico para neutralizar uma certa China.
Com Dalton ainda fora por causa da 25ª emenda, Elizabeth recebe o presidente (ou Primeiro Ministro?) do Sri Lanka juntamente com a presidente interina Theresa Hurst. Eles se reúnem para debater a assinatura de um acordo comercial entre os dois países. O problema é que um dos assessores do chefe de estado recebe uma “mensagem” dos seus ancestrais que argumentem, pasmem, contra a assinatura do tratado como ele se encontra.
Criativo, não é mesmo? O problema é que o desenvolvimento de tal narrativa não possui quaisquer compromisso com a realidade. Primeiramente porque é inacreditável que a presidente e a Secretária de Estado negociaram um acordo comercial sem considerar a opinião do Secretário de Comércio ou do U.S. Trade Representative. Em segundo lugar, como que se comunica com uma nação do sul da Ásia sem receber um assessoramento dos diplomatas e estudiosos do escritório de assuntos da Ásia central e do sul? E o embaixador do país, não existe? Sei que para assistir “a vida como ela é” deveria ficar com Amapour na CNN Internacional, mas é importante que o leitor saiba que nada é tão simples quanto parece.
As qualidades continuam.
Ainda em Washington D.C., finalmente me senti inspirado pela história de Henry. O problema do personagem mostrou um dos sintomas da disfuncionalidade da capital americana. Uma vez que até mesmo missões importantes de coleta de inteligência são vistas por lentes políticas e politiqueira de pessoas com pouquíssimo comprometimento com o país. Confesso que vê-lo renunciar foi um momento surpreendente, uma vez que esperava ver o personagem se tornando o diretor da CIA no futuro. Nos resta esperar pelo futuro e esperar que o personagem continue ganhando atenção que merece.
Se essas duas narrativas soam suficientes para tornar o episódios sensacional, o roteiro foi além. Tratar de ansiedade na adolescência pode parecer um tema curioso para um segmento apático do The Dr. Oz Show, mas penso que mesmo sendo uma ideia que tira Madam da sua zona de conforto, é sempre bom tratar do assunto na televisão, e melhor ainda na TV aberta. Ellie não poderia ter sido uma escolha mais apropriada para a proposta.
Seria ingenuidade da minha parte pensar que o drama manterá essa boa forma para o restante da temporada. Porém lembro ao leitor que estamos nos encaminhando para o final da 4ª temporada e nos tempos de hoje, é cada vez mais difícil envelhecer com saúde.