Primeiras Impressões: Maniac, nova série da Netflix, é surrealista

Crítica dos dois primeiros episódios de Maniac, a nova série surrealista da Netflix.

Imagem: Netflix/Divulgação

Ao terminar de assistir aos dois primeiros episódios de Maniac, você fica com muitas perguntas e com a sensação de que a série tem ainda muito o que mostrar!

Ainda assim, apesar de pouca coisa ser revelada em seus primeiros episódios, a série entrega o suficiente para que a gente se envolva com seu enredo e com sua dupla de protagonistas: Emma Stone e Jonah Hill.

Curiosamente, Emma começou sua carreira no cinema, com Superbad, filme esse em que Jonah também está no elenco. Ambos, 10 anos depois, estrelam juntos Maniac, que, apesar de ter suas doses de humor, passa longe do escancarado de Superbad.

Tudo gira em torno de uma misteriosa empresa, a Neberdine Pharmaceutical & Biotech. Nessa empresa, os protagonistas Owen, interpretado pelo Jonah, e Annie, vivida pela Emma, são cobaias num estudo que tem como objetivo reestruturar as funções neurológicas de desejo do cérebro humano. O mais interessante até o momento nisso tudo é como os protagonistas chegaram para trabalhar na organização.

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Annie é uma viciada em um dos medicamentos que essa empresa fornece e, por serem controlados, a sua aquisição é muito, digamos, difícil. Por conta disso, ela chantageia uma das funcionárias e termina conseguindo ser aceita no teste. Já Owen, que sofre de esquizofrenia e de uma fortíssima alienação parental, perdeu seu emprego no dia anterior e cai de paraquedas na empresa, onde é prontamente aceito no teste.

Uma das escolhas mais acertadas de Maniac é a do seu elenco

Apesar de não gostar da maioria das atuações de Jonah Hill, o cara não tem duas indicações ao Oscar à toa. A forma como ele constrói o esquizofrênico Owen é incrível. O personagem, que tem sérios problemas com alienações e com o descaso da sua família, passa por diversas situações nesses primeiros episódios, e Jonah é sútil ao retratar todas as camadas do personagem. Às vezes com uma breve mudança de olhar ou uma fala, na maioria das vezes muito singelo, mas extremamente competente. É desconcertante e palpável a atmosfera de inadequação social presente em Owen, mas a delicadeza da atuação de Jonah é estupenda, assim como a áurea solitária que ele dá ao seu personagem.

Emma Stone, apesar de ter roubado o Oscar da Isabelle Huppert, mostra porque é uma das melhores atrizes da sua geração. Toda a melancolia e drama necessários é facilmente repassado por Emma, cuja personagem é viciada em drogas para poder se desconectar da realidade, já que ela se culpa pela possível morte da irmã. Apesar de não ter a mesma sutileza de Owen, a situação de Annie não é menos trágica. Ela utiliza do escapismo para evitar qualquer interação social e, apesar de deixas algumas teorias, descobrir o que realmente aconteceu que justifique a sua conduta vai ser interessante.

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Como dito no início, apesar de nos ter entregado pouco coisa sobre a sua história, Maniac é incrivelmente promissora, com seus diálogos sagazes e muito inteligentes, assim como as estupendas atuações e a direção segura de Cary Fukunaga.

Maniac tem dez episódios e já está disponível no catálogo da Netflix.

Sobre o autor
Marcelo Henrique

Marcelo Henrique

Nerd, fã de Batman e DC. Adora séries como um todo, mas tem um tombo por produções de Ryan Murphy. No Mix escreve de tudo um pouco, mas atualmente falo de The Walking Dead semanalmente.

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