Crítica, Missão Impossível 7: Acerto de Contas Parte 1 é um baita acerto
Filme Missão Impossível Acerto de Contas Parte 1 é um dos melhores filmes do ano. Confira crítica sem spoilers!
Poucas franquias podem se dar o luxo de se orgulhar de ser maior a cada filme. Mas não é maior em bilheteria não, isso até pode ser fácil. E sim, maior em relevância e qualidade. E Missão Impossível, felizmente, é uma delas!
É comum nós termos problemas de “escala” nas sequências, principalmente desses blockbusters tão famosos. A obrigatoriedade de ser maior e arrecadar mais faz muitas produtoras pouco se importarem com a história que o filme vai contar e a qualidade dele.
Missão Impossível, que é produzida a pulso firme e em cada detalhe pelo seu astro protagonista Tom Cruise, não enfrenta esses problemas. A cada novo capítulo lançado, a ação, tensão, loucura, sobe um nível.
Assim como a história que eles estão contando, que pode até exigir um certo grau de suspensão de descrença, mas que o próprio filme sempre a leva a sério, e tem total sentido e coesão dentro daquele universo. É coisa de gente grande, que sabe o que está fazendo e principalmente gosta do que está fazendo.
Tom Cruise é um astro em tudo que se propõe a fazer
E, por falar em gostar do que está fazendo, quando se trata desta franquia, é incabível não falar de Tom Cruise, seu maior astro e um dos maiores responsáveis pelo seu sucesso.
Missão Impossível é sempre notícia e assunto dentro e fora das telas. A cada novo filme a gente se pergunta que tipo de acrobacia insana o Sr. Cruise vai fazer sem dublê dessa vez.
E, olha, nenhuma delas foi tão angustiante quanto a que ele faz nesse filme. Mesmo que não tivesse divulgação antes da estreia do filme, a famigerada cena seria facilmente notada pela audiência, tamanha a audácia e realidade envolvidas.
Leia também: Missão Impossível 7: atriz passou sufoco em cena com Tom Cruise
Nesse sétimo capítulo de Missão Impossível, temos um vilão sem rosto. A franquia surfa num assunto que está muito em destaque nesses tempos recentes: IA – Inteligência Artificial. E, aqui, o Ethan Hunt e seu clube do bolinha vão lutar justamente contra um desses programas. Algo que conseguiu se desenvolver, se rebelou e agora dá as próprias cartas.
Mas como lutar contra o que não se vê, não se toca? Como lutar contra algo, aparentemente livre de falhas e que, com sua capacidade de processamento, consegue avaliar bilhões e bilhões de cenários e influenciar tudo a sua volta para que aconteça aquele que mais lhe beneficia?
Essa história surreal (ou será que não) ganha toda sofisticação que envolve a franquia Missão Impossível, com seus personagens carismáticos, sua direção inventiva e sua ação extremamente bem filmada. E não tinha como dar errado. Será facilmente um dos melhores filmes do ano.
O que Tom Cruise e o diretor Christopher McQuarrie fazem aqui beira a surrealidade. É tudo tão bem escrito, dirigido, atuado, filmado, tudo tão bem-feito que as duas horas e quarenta e três minutos do filme passam voando. Toda a ação é bem pensada, a edição do filme funciona e flui de uma maneira assustadora. Nada é amador, em relação aos cortes.
Missão Impossível 7 vale o ingresso – demais
A impressão é que a produção escolheu o elenco a dedo. Pom Klementieff e Esai Morales são ótimas adições, embora a novata de destaque seja a Hayley Atwell que dá um banho de carisma em todo mundo e consegue fazer frente ao Tom Cruise nesse quesito.
Os veteranos, todos eles, seguem bem. Simon Pegg, Ving Rhames e Vanessa Kirby estão ótimos. A Rebecca Ferguson, como sempre, eleva o nível das coisas e entre mistério, sutileza e cinismo, adiciona mais uma camada a sua Ilsa Faust, belíssima.
É aquele filme para sair da sessão sorrindo! Você percebe em cada detalhe a vontade dos envolvidos em fazer um bom trabalho e obter o melhor resultado possível. Vá ao banheiro antes, você mal conseguirá piscar os olhos depois.
Quem puder, assista Missão Impossível em IMAX, faz toda a diferença, inclusive no som. Mas o importante mesmo é conferir essa obra incrível. Aliás, eu vou até assistir de novo!