Crítica: Shazam! é uma das melhores surpresas que teremos em 2019

Crítica do longa Shazam! da DC Comics.

Imagem: DC/Warner Bros./Divulgação

Primeiro longa do personagem é um grande acerto da DC

Antecipado por uma mega campanha publicitária, Shazam!, o novo filme da DC dirigido por David F. Sandberg (Annabelle 2: A Criação do Mal; Quando as Luzes se Apagam), estreou no último dia 4, sob grande expectativa. A boa notícia é de que o longa estrelado por Zachary Levy (Chuck) agrada e surpreende.

Baseado no personagem criado para os quadrinhos de 1939, Shazam! entrega uma história leve e agradável sobre um herói que poderia ser qualquer um de nós. Mas é Billy Batson (Asher Angel) o escolhido para se transformar em uma versão jocosa do Homem de Aço, encarnada por Levy.

Diretor sabe utilizar clichês com sabedoria

Imagem: Warner/Divulgação

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Fazendo dos clichês do gênero ferramentas úteis, Sandberg desenvolve um filme com estética similar a dos clássicos filmes de herói. O diretor aposta em uma rasa dramaticidade e no sentimentalismo para construir seus personagens. Sendo assim, sempre equilibrados com uma boa dose de comédia: desde a necessidade de um coração puro, ao passado triste e conturbado de uma criança. Tudo isso é utilizado como pano de fundo para a construção da trajetória de autoconhecimento – tanto do herói como do vilão, este último – Doutor Silvana – interpretado por Mark Strong (Kingsman).

O eixo do filme está fincado sob o conceito de família. E a trama trabalha para projetar tal conceito para além de laços sanguíneos. Dessa forma, ressaltando a importância de estarmos onde somos aceitos e desejados. Tal objetivo é conquistado assertivamente pela incrível escalação do núcleo familiar de Billy Batson, que vive fugindo de lares adotivos em busca de respostas sobre seu passado.

Imagem: DC/Warner Bros./Divulgação

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E é justamente a relação de Billy/Shazam comum com seu novo amigo/irmão, Freddy, um dos pilares do filme. Interpretado pelo incrível Jack Dylan Grazer (que também roubou a cena em It: A Coisa), Freddy, além de exercer o papel de guia para o novo e repentino herói, é também a representação dos fãs de filmes de super-heróis: um jovem comum que sonha em conseguir habilidades extraordinárias e viver como manda o figurino, literalmente.

O “sessão da tarde” que você vai amar

É inevitável que o filme ganhe o título de “sessão da tarde”. Porém, isso apenas ressalta suas características que flertam com produções da década de 80 e 90. O filme brinca, inclusive, com uma cena clássica tirada do filme de 88, Quero Ser Grande.

Não há espaço para dramas profundos e obscuros, como já se viu exaustivamente e sem muito sucesso no Universo DC. O carro forte de Shazam! é a diversão, os vários easter eggs e inúmeras referências a outros heróis que divertem o público ao longo das duras horas de duração do filme.

O ponto fraco do filme cai no colo dos antagonistas, figurados no vilão Doutor Silvana e nas criaturas maléficas que o influenciam. Salvo o momento de violência na cena da sala de reunião, a “grande ameaça” da história não causa tanto medo assim, talvez pelo estilo caricato demais do personagem de Strong.

Imagem: DC/Warner Bros./Divulgação

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Outro possível deslize é encontrado na construção da personalidade compartilhada por Billy e Shazam. Apesar de intérpretes diferentes, o personagem é um só, mas é difícil enxergar similaridades entre as duas personas, com exceção da engraçada imaturidade característica de um quase adolescente. No entanto, ambos os personagens são carismáticos e conquistam a audiência.

Surpresas de última hora

Até o fim do segundo ato, a impressão é de que apesar de agradável, o filme parece algo que já vimos antes. Mas a receita do diretor tem seus segredos e reserva para o terceiro e último ato uma grande e empolgante surpresa. Os fãs de séries irão gostar das presenças ilustres e não tão divulgadas que aparecem.

Ainda que debaixo do guarda-chuva da DC e suas produções como Aquaman, Mulher Maravilha, Shazam! foi feito para atingir não somente a já firmada base de fãs, mas, sim, um público maior – potencialmente mais infantil – que podem encontrar no personagem um novo herói favorito.

Além disso, completo. Todavia, palavras. Entretanto, brancas. Todavia, verdes.

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Sobre o autor
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Italo Marciel

Cearense, 28 anos. Jornalista especialista em Assessoria de Comunicação. Viciado em séries desde que se entende por gente e apaixonado por cinema. O cara que fica feliz em indicar uma boa série ou um bom filme para os amigos.

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