Crítica: Suits entra num jogo perigoso no episódio 8×15

Review do décimo quinto episódio da oitava temporada de Suits, da USA Network, intitulado de "Stalking Horse".

Imagem: USA Network/Divulgação

Perigo à vista em Suits

Podemos dizer que esta penúltima temporada de Suits é a mais fraca do seriado? Acredito que isso se dê por conta das mudanças que ocorreram na firma de advocacia mais famosa do momento. A saída de Mike e da Rachel mudou muitas coisas, porém, é nítido o quanto os personagens parecem perdidos no seriado. Harvey foi o que mais se perdeu nessa temporada e eu temo pelo o que virá na última temporada.

Todo a história do cliente de Harvey batendo de frente com o novo namorado de Donna foi chata. Chata porque não me interessa se Harvey é o bambambam ou se ele está com a corda no pescoço. Mas, sim, quando os roteiristas vão perceber que não existe Harvey sem Donna e vice e versa. É óbvio que Donna e Harvey tem uma química incrível assim como o relacionamento dos dois, amoroso ou profissional, é o ponto alto do seriado.

Eu não julgo Donna por ter contado para Thomas o que Harvey praticamente implorou para ela não falar, porém, achei desnecessário nesse momento criarem um conflito entre os dois. Donna sempre colocou a carreira de Harvey na frente dos desejos dela e, pela primeira vez, ela escutou o seu próprio coração. É errado? Não, porém sabemos que isso causará um mau estar tremendo para Harvey na season finale. Só espero que não acabem de vez com as chances de vermos Darvey juntos.

Louis recebendo ajuda

O que ninguém esperava era que o plot do assalto de Louis pudesse voltar na reta final da temporada. Foi bacana ver Louis sendo auxiliado por Samantha, mas poxa! É o penúltimo episódio da temporada, então para quê trazer de volta esse assunto? Para mim, pareceu falta do que fazer dos roteiristas. Sei lá, não estou sentindo firmeza nenhuma quanto ao rumo do seriado. Parece que desde que Mike e Rachel saíram, Suits ficou perdido.

Eu só estava esperando por uma história bacana para o Louis, ainda mais agora que ele vai ser pai. Só que não, os roteiristas cismaram em voltarem nesse assunto. Ok, não posso negar que foi legalzinho ver Samantha e Louis fazendo justiça com as próprias mãos, mas foi só. Talvez o que eu tenha seja decepção com essa temporada.

Louis amadureceu muito e finalmente conseguiu se destacar na firma. Eu apenas queria um episódio mais focado nele e na sua tentativa de ser pai. Sei lá, seria mais interessante ver Louis surtando com a paternidade e deixando todos doidos na firma do que ver um Louis com medo do julgamento e pedindo arrego para Samantha. Era melhor termos visto Louis Litt num banho de lama do que toda essa pegação de mico.

Despedida?

No meio de todo esse caos de Suits, Brian tomou uma decisão drástica: lutar pelo casamento e abandonar a firma. Foi uma atitude nobre, porém, totalmente desnecessária. O cara tinha futuro e formava uma ótima dupla com Katrina. Sem mencionar que eu shippava os dois juntos. Mas não, os roteiristas não pensavam igual a mim e mandaram o advogado embora.

Não sei se essa despedida é definitiva, porém, é nítido o quanto o seriado se perdeu nessa oitava temporada. O que era para ser algo inovador, acabou se transformando numa mesmice e os personagens ficaram perdidos. Se não fosse por Donna, Katrina, Gretchen e Louis, eu teria abandonado o seriado. Diante de tantas mudanças, uma coisa se consolidou: a última temporada terá a difícil tarefa de recuperar o tempo perdido.

Talvez a forma mais coerente seja juntar Darvey de uma vez, pois se apostarem todas as suas fichas numa temporada igual a esta, nem um possível retorno de Jessica e/ou Mike será capaz de nos presentear com um final digno deste seriado tão inovador. A premissa de um falso advogado era interessante, mas foi se perdendo no tempo com as frustradas tentativas de justificarem tais atos. Eu amava aquela Suits das primeiras temporadas, na qual as histórias eram mais interessantes e havia uma dinâmica entre os personagens. Hoje, a série se tornou confusa e com histórias superficiais.

Sobre o autor
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Gabriella Siggia

Quem eu sou? Eu sou uma em um milhão: escritora nas horas vagas, seriadora de coração, cinemática de plantão e amante da literatura. Divertida, alto astral e bastante bem humorada. Só não achei ainda minha outra pessoa. Ah, música faz parte da minha vida.

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