Crítica: The Wilds é um entretenimento sem apego

Crítica da primeira The Wilds, da Amazon Prime Video.

Crítica The Wilds série

The Wilds e uma promessa que não se cumpriu

Um acidente aéreo deixa um grupo de sobreviventes, que tem de se virar em uma ilha no meio do nada, enquanto coisas estranhas acontecem por todo lado. Não, não estamos falando de Lost ou daquele season finale traumático de Grey’s Anatomy.

A frase acima é tão clichê quanto quase tudo que acontece em The Wilds. A nova série do Amazon Prime Video apresentou em seus trailers um ar denso de mistério, aguçando nossa curiosidade e, além disso, até deixando ansiosos. Porém, ao termino do primeiro episódio, que foi liberado até para não assinantes, já vemos o quão raso é o enredo.

Sem uma protagonista fixa

Temos um elenco jovem, quase todo feminino e praticamente desconhecido do grande público. As oito jovens, que por diversos problemas pessoais e familiares, estão indo passar férias em um retiro de auto ajuda adolescente (não consegui achar uma expressão melhor, sorry), acordam em uma ilha e tem de aprender a conviver com suas diferenças.

Cada episódio é centrado em uma das protagonistas, com seus problemas pessoais  e o que as levou para aquela viagem. Nesse ponto, dou mérito ao roteiro por tentar mostrar que nenhuma personagem é mais importante que outra.

Dessa forma, o primeiro episódio é centrado Leah (Sarah Pidgeon), mostrando seu problema em ter se envolvido com um homem mais velho enquanto é menor de idade. Além disso, a paixão e obsessão da personagem se mostram bem além de um sentimento adolescente, criando situações neuróticas e intrigas entre o grupo.

Igual ao season premiere, todos os outros episódios se passam intercalando entre uma situação na ilha e o passado de uma das jovens. Sim, eu sei, já vimos isso em uma outra série que também se passa numa ilha. Referência ou inspiração?

Mistérios e suas respostas

Já no começo da temporada, no fim do episódio temos uma resposta para a grande pergunta. Na verdade, as meninas estão em um experimento cientifico, sendo vigiadas por câmeras e uma equipe. Sim, no estilo BBB. Obviamente, isso gera muitas outras perguntas.

Houve um acidente? Como chegaram ali? Quem é o responsável por isso?

Imagem: Divulgação.

Bem, até o fim da temporada, o espectador tem a resposta de todos os questionamentos criados na temporada. Isso é ruim?  Acredito que não, porém o jeito que cada resposta é dado é tão simples que beira a séries juvenis com classificação “para maiores de 12 anos”.

Sei que é uma opinião pessoal, mas com tanto alarde feito pela Amazon, eu esperava algo que pudesse fazer minha mente trabalhar bastante. No entanto, o que foi entregue um entretenimento de de sessão da tarde.

Ótimo desenvolvimento dos personagens

Apesar das palavras duras, não posso dizer que as personagens bem como seus enredos não são satisfatórios.

Ainda me incomoda que em pleno 2020, temos o estereótipo de lésbica “macho man” de Toni (Erana James), ou da mesma forma, o desenvolvimento de seu relacionamento passivo agressivo com a conservadora Shelby (Mia Healey). Mas o jeito como é contado, principalmente após o oitavo episódio, é difícil não se pegar torcendo por elas.

As outras personagens não ficam atrás. Assim, temos a rivalidade de duas irmãs gêmeas completamente diferentes, a patricinha, a boa moça. Todos os clichês possíveis, mas bem trabalhados episódio a episódio, nos deixando próximos a elas e a suas dores.

Vale a pena assistir?

Com um final de temporada revelando qual das meninas é a traidora do grupo e apresentando um novo mistério, fica difícil não ter curiosidade do que a ilha e esse reality tem a nos mostrar mais.

Para quem busca um entretenimento sem maiores pretensões, é uma boa série para se maratonar. E mesmo com episódios longos, você não nota o tempo passar pois se pega preso na com as personagens.

A série já está renovada para a segunda temporada, e todos os episódios da primeira temporada de The Wilds estão disponíveis na Amazon Prime Video.

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Sobre o autor
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Arthur Gonçalves

Publicitário e roteirista amador que é praticamente uma wikipédia de séries.

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