Crítica: Toy Boy, série da Netflix, é enrolada – mas prende a atenção

Crítica da primeira temporada da série Toy Boy, do canal Antena 3 na Espanha, mas distribuída pela plataforma Netflix no Brasil.

Crítica Toy Boy

Nova série da Netflix – Antena 3 é a sensação do momento na plataforma

Lançada em setembro de 2019 pelo canal espanhol Antena 3 – mesmo canal que produziu La Casa de Papel, a série Toy Boy chegou em Fevereiro na Netflix Brasil. E por aqui, já está fazendo um enorme sucesso.

Toy Boy conta a história de Hugo Beltrán (Jesus Mosquera), um stripper que se envolve com uma cliente e acaba preso por sete anos após encontrarem um corpo em seu barco. A fim de provar sua inocência, a advogada Triana Marin (María Pedraza) assume seu caso. Contudo, a trama é muito mais intensa do que a linha inicial da série. Posteriormente, vemos que há muitos mistérios envolvidos, e que qualquer um pode estar por trás do crime.

Inferno – a boate e local principal

Assim como Hugo, outros strippers formam o elenco principal da trama. Iván (Jose de La Torre) é o proprietário da boate onde trabalham, e sua história na trama é tão importante e envolvente quanto a de Beltrán. Ele é ex-policial e chefe encarregado de manter os demais juntos, entretanto sua família enfrenta diversos problemas. Cabe a ele tentar manter a boate em ordem – e o restante dos meninos também.

A trama é diferente, envolvente e em muitos momentos te deixa apreensiva. Afinal, quanto mais eles procuram pela verdade, mais problemas acontecem ao redor. Aliás, o que deixa a série mais interessante é o fato de você não saber o que está acontecendo e não saber também, qual o lado certo e errado. Por diversas vezes você muda de opinião sobre “mocinhos e vilões”.

Mas esse mesmo motivo também é o problema da série. Muitas informações são fornecidas o tempo todo, uma grande bagunça é criado e nada parece se resolver.  Os episódios vão passando e a bagunça só aumenta: dentro da linha principal, diversas vertentes são criadas. E claro, o mistério principal só é resolvido nos últimos 20 minutos da temporada.

Além disso, os episódios são longos, todos acima de 1 hora de duração, o espectador aguarda tempo demais para as coisas se resolverem. A trama torna-se arrastada e muitas informações desnecessárias são mostradas, personagens são inseridos sem contexto algum e diversos arcos acabam sem explicação.

O constante problema do personagem principal

Já vimos anteriormente em outras séries que o personagem principal acaba perdendo espaço para os coadjuvantes. E em Toy Boy não é diferente. Hugo tenta resolver tudo sozinho e parece não enxergar as ciladas: ele cai em todas. Acima de tudo, carisma: o personagem não tem carisma e em muitos momentos é chato. Fora que Jairo (Carlo Costanzia) stripper e amigo de Hugo, rouba toda a cena – e temporada para ele. Ainda sobre Jairo, foi diferente e pra lá de legal assistir um personagem comunicando-se através da língua de sinal.

Mas vale a pena assistir?

Mesmo com diversos erros, a série é cativante e mesmo que arrastada, você se obriga a ficar até o fim para saber o que aconteceu. E também, foge do padrão da série onde o mocinho sempre se dá bem, pelo contrário, eles perdem diversas vezes, apanham, e mesmo ao fim, nada está bem. Além disso, a série reserva muitas surpresas e plot twists ao longo dos episódios.

Em conclusão, para aqueles que gostam de Magic Mike e um bom show de strip, a série faz jus ao tema e entrega ótimos momentos na boate Inferno.

Ficou curioso? Assista o trailer da primeira temporada.

https://www.youtube.com/watch?v=-oCwHvTCixs

 

Sobre o autor
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Letícia Garcia

Paulista, jornalista e apaixonada por séries e futebol. Grey's Anatomy é a série da vida, mas também é fã de Spartacus, Supernatural, Vikings, Sons of Anarchy e Friends

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