Troco em Dobro é o mais novo filme da Netflix
Na última sexta-feira (06), chegou à Netflix o filme Troco em Dobro. A produção original da plataforma traz Mark Wahlberg como protagonista, na pele de Spenser.
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O personagem é um policial de conduta ética e que, após confronto com o chefe de polícia John Boylan (Michael Gaston), acaba sendo preso. Cinco anos depois, Spenser finalmente é solto, mas não pode mais exercer sua função. Ele não vê outra alternativa, a não ser recomeçar sua vida como caminhoneiro em outro lugar.
Quando a previsibilidade é um ponto forte
A partir do momento que o protagonista volta para casa, Boylan é misteriosamente assassinado. Coincidência, não? A previsibilidade já começa aqui, uma vez que isso já foi utilizado em outras produções do gênero.
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Como se não bastasse, Spenser agora tem um novo colega de quarto, Gavião (Winston Duke). O que acontece de imediato? Os dois não se bicam, é claro. Totalmente opostos um do outro, o ex-policial começa a se aproximar do rapaz aos poucos, uma vez que o ensina a melhorar suas habilidades com luta.
Dinamismo no roteiro e a ligação dos pontos
Spenser deixa de ser suspeito com a morte de outro policial, inclusive seu ex-parceiro do passado. Terrence (Brandon Scales) é assassinado também, no entanto, a informação é que o mesmo cometeu suicídio, após supostamente ter matado seu chefe.
É nesse momento que nosso protagonista corre atrás de ligar os pontos. Wahlberg já é especializado em produções do gênero, e talvez por isso ele estava tão à vontade no longa. Seu personagem pega a experiência adquirida durante anos na polícia, para solucionar as duas mortes.
O dinamismo apresentado aqui foi muito interessante, pois não ficou algo maçante, muito pelo contrário. A cada descoberta de Spenser, uma reviravolta diferente acontecia. Isso sinceramente me prendeu do começo ao fim.
Tudo foi dosado na medida certa, tantos os momentos de ação e suspense, quanto de humor. A parte cômica foi muito bem trabalhada. Além de Falcão, que apesar daquele tamanho todo, ser um rapaz de coração enorme e com algumas atitudes um tanto quanto ingênuas, outros dois elementos ali foram fundamentais.
Henry (Alan Arkin) e Cissy (Iliza Shlesinger), apesar de papeis coadjuvantes, conseguiam roubar a cena toda vez que aparecia. A loira principalmente, como a ex de Spenser, que não havia esquecido-o totalmente, conforme deixou claro em algumas partes.
O encaixe do quebra cabeça foi outro ponto forte
No meio de tanta pancadaria e de Spenser apanhando incansavelmente, aos poucos tudo foi se ligando. As duas mortes, assim como sua prisão, acaba sendo mostrada que têm ligações, através de um assassinato do passado.
A sensação de justiça no personagem era grande desde sempre, mas com a revelação tudo ganha mais sentido. No entanto a peça fundamental veio com quem estava por trás de tudo isso, mostrando outro fator clichê. Policiais corruptos, ligações à grandes facções criminosas voltada ao tráfico é algo também que já vimos várias vezes tanto em séries quanto filmes. Entretanto posso convir que a forma como essa trama foi construída achei tudo mais interessante.
Desfecho de tudo, o que vem pela frente?
Spenser conseguiu não apenas inocentar Terrence após sua morte, como derrubar toda a facção responsável pelo assassinato dele e Boylan. Confesso que o desfecho de tudo isso estava dentro do que eu imaginava – olha a previsibilidade aqui outra vez.
Apesar disso, o final deixou uma ponta solta para uma quase certa continuação. Apesar de querer isso, a história em si não imagino como poderia envolvê-lo nisso, sem contar o fato de seu espírito justiceiro.
Baseado na saga de livros, vai ser interessante acompanhar as próximas sagas de Spenser, Falcão, Henry e Cissy. A Netflix deu a largada inicial para sua própria franquia, baseada em outras cinematográficas semelhantes de sucesso, tais como Bad Boys e A Hora do Rush.
Vamos aguardar para ver como serão as continuações de Troco em Dobro.