Crítica: Zoey's Extraordinary Playlist é realmente extraordinária

Nova comédia musical promete tocar seu coração de uma maneira diferente

Em Zoey’s Extraordinary Playlist, Zoey não é uma garota comum. Nos seus vinte e poucos anos e trabalhando como programadora em uma grande empresa tecnológica em São Francisco, ela acha muito mais fácil lidar com dados do que com sentimentos.

No primeiro episódio, a protagonista vivida por Jane Levy (Dilema, Suburgatory) precisa fazer uma tomografia. O técnico oferece para que ela relaxe escutando uma playlist durante o exame, mas eis que um terremoto acontece e os dados do exame se misturam com os dados da playlist, dando para Zoey um superpoder: a capacidade de ouvir os pensamentos e os desejos mais íntimos das pessoas em forma de números musicais.

Zoey não consegue controlar quando, onde ou em quem os seus poderes atuarão, gerando performances musicais em momentos inesperados, locais inusitados e sobre personagens que não sabem que estão revelando algo tão pessoal.

E assim temos a premissa de Zoey’s Extraordinary Playlist.

Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades

Apesar de ser uma comédia musical, a trama muitas vezes se desenvolve como uma série procedural, onde os números musicais correspondem a problemas que só Zoey pode ajudar a consertar durante o episódio. Isso tudo porque só ela é capaz de ver e ouvir as verdades cantadas, sejam os problemas maritais de sua chefe casca dura, Joan (Lauren Graham, a eterna Lorelai de Gilmore Girls), o amor secreto que seu amigo Max (Skylar Astin, A Escolha Perfeita) nutre por ela, a competitividade e a inveja que seus colegas de trabalho Leif e Tobin (Michael Thomas Grant e Kapil Talwalkar) têm para com ela ou as muitas experiências em comum que Zoey parece compartilhar com seu crush Simon (John Clarence Stewart, Dilema), que, para a tristeza da protagonista, é comprometido.

Zoey Extraordinary Playlist Critica — Imagem: Divulgação

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Mas, por não entender muito de música, Zoey também acaba precisando de ajuda, e é aí que entra o seu sidekick, Mo (Alex Newell, Glee), que, a princípio, era só um vizinho que incomodava por ouvir e cantar músicas alto demais, mas acaba se tornando um amigo e confidente de Zoey.

E de todos os desafios que a protagonista enfrenta durante a primeira temporada, o maior se encontra no seu núcleo familiar. O criador da série, Austin Winsberg, usa da experiência com seu próprio pai para criar o pai de Zoey, Mitch (Peter Gallagher, The OC). Na série, o patriarca é um homem com Paralisia Supranuclear Progressiva, uma rara doença degenerativa. Mitch não consegue se mover e nem falar, mas ele entende tudo. E assim, Zoey é capaz de ver e ouvir seus pensamentos, ajudando sua mãe, Maggie (Mary Steerburgen, Do Jeito que Elas Querem), a enxergar as verdadeiras cores de Mitch.

Deixe o som te levar

A primeira temporada de Zoey’s Extraordinary Playlist é bastante consistente. Portanto, com exatos 12 episódios, a trama não se estica como uma canção enfadonha, e tudo é desenvolvido de forma natural. Além disso, a criatividade da série nunca destoa.

Zoey não conhece as dimensões dos seus poderes e cada nova nota lançada surpreende tanto a protagonista, quanto a quem assiste. O acervo de canções vai desde The Beatles a Katy Perry e a direção das performances em plano sequência valoriza as coreografias. Esse, aliás, é um ponto essencial para a dramaticidade ou a euforia que o número musical queira passar.

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A série foi renovada para uma segunda temporada, e mal podemos esperar para o que vem por aí…

Infelizmente, a atração ainda não foi exibida no Brasil.

Crítica escrita pelo colaborador externo, João Victhor Sales.

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