Os bastidores de Gossip Girl: curiosidades por trás das câmeras
Um grande clássico do gênero adolescente da televisão, se é que podemos colocar assim, Gossip Girl é o tema da coluna Bastidores dessa semana.
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Uma das piores perguntas para se fazer na vida de um seriador é simples: qual sua série preferida? Eu pelo menos não sei responder, na verdade sequer saberia por onde começar. Talvez pela série que me jogou nesse mundo mágico? Aí teria que lembrar de Desperate Housewives. Não posso esquecer de The West Wing e House of Cards que despertaram meu interesse sobre política. Ou de The Good Wife que me empurrou para faculdade de direito. É difícil. Entretanto, não é difícil conhecer alguém que diga que esse título que traz consigo diversos significados é Gossip Girl.
Uma série que não só lançou a carreira de Blake Lively, Leighton Meester, Chace Crawford e Ed Westwick, mas introduziu o universo das séries para muitos millennials que buscavam por um entretenimento não muito adulto, mas que afirmassem seu amadurecimento diante de uma programação mais infantil do Cartoon Network, da Disney e do Nick. Com uma história cativante, personagens carismáticos e um apelo impressionante para um bom novelão, o drama adolescente se tornou um fenômeno e a série que a CW precisava para se firmar no cenário midiático.
São por esses e outros motivos que Gossip Girl é o tema do Bastidores desta semana. Escolhemos algumas curiosidades, mas tamnbém alguns dramas bem curiosos que você provavelmente nem sabia que existiam. Vamos em frente?
Faça dos limões, uma limonada bem açucarada
Quando a série foi criticada por uma organização conservadora, a Parent Television Council, por ser “espantosamente inapropriada” e “o sonho de qualquer pai”, a CW pegou os limões e transformou-os numa limonada. Nos pôsteres da nova temporada do drama, a emsisora imprimiu as exatas palavras e ainda colocou-as em destaque.
Dos mesmos criadores de…..
A série se tornou tão popular num determinado momento da sua exibição que um tour especial foi criado em Nova York. O responsável, curiosamente, foi o mesmo que criou o tour pelos cenários de Sex and The City. Entretanto, a produção era cara. De acordo com reportagens publicadas à época, gastava-se entre 10 e 60 mil dólares por dia para gravar na cidade de Nova York.
Preocupada com o orçamento, a produção da série propôs que as gravações acontecessem em Toronto, no Canadá. Os criadores se recusaram. Josh Schwartz e Stephanie Savage lutaram pessoalmente contra a ideia até que os produtores (e a emissora) fossem convencidos que a cidade era parte fundamental da história. Certamente.
Um crossover daqueles
Para quem acompanha a indústria da televisão, sabe que quando uma série é bem sucedida ela tende a gerar filhos, isto é derivações. Seja Young Sheldon, a fraquia Chicago, Private Practice, Station 19 e tantos outros. Gossip Girl também não foge a regra.
Foi encomendado um piloto de spin-off para avaliação focado em Lily e na sua irmã. Caso fosse encomendada, a série traria Brittany Snow como a versão jovem de Lily e de alguns personagens de The O.C.. Isso mesmo, The O.C.. A produção continuaria sob a responsbabilidade de Stephanie Savage e Josh Schwartz. Já pensou?
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Troca de papéis
Assim como toda série, Gossip Girl também teve alguns papéis trocados durante as audições. Nomes que hoje são desconhecidos, mas há outros surpreendentes:
Leighton Meester teve que tingir seu loiro natural para fazer uma mera audição para se tornar Blair Waldorf. Ed Westwick, por sua vez, originalmente fez teste para interpretar Nate. Enquanto isso, Jennifer Lawrence (isso mesmo que você leu) fez uma audição para Serena, mas perdeu o papel por “ter muito sotaque”
Lily Collins fez um teste para interpretar Jenny, assim como Greta Gerwig que recentemente revelou ter feito uma audição pelo papel de Eva Coupeau. Ambas as atrizes foram rejeitadas.
Enquanto isso, nos bastidores
O diretor de elenco, David Rapaport, revelou que o canal originalmente queria que Ashely Olsen e Rumer Willis interpretssem Blair e Serena, respectivamente. Porém, mesmo indo na contra mão de tudo e de todos eles seguiram com nomes desconhecidos, Blake Lively e Leighton Meester, sob o prexto de elas capturavam melhor a “essência” da série.
A intenção era de ter Mischa Barton como Georgina Sparks. O problema é que a atriz acabou desistindo da personagem, deixando o caminho livre para que Michelle Trachtenberg assumisse o posto. Por fim, os executivos da CW demonstraram um senso de humor curioso à época da formação de de elenco.
Eles não queriam, em hipótese alguma, que Ed Westwick interpretasse Chuck Bass. A justificativa era de que “ele mais parecia com um serial killer do que um protagonista de uma série de amor”. Contrariada, a emissora posteriormnente aprovou.
O livro era muito melhor
Cecily von Ziegesar, a autora dos livros de Gossip Girl: A Garota do Blog, estava de acordo com a adaptação das suas obras paara televisão. Entretanto, um personagem em particular a autora não gostou nada da forma na qual foi retratada nas telinhas. “Eu penso que Vanessa é uma daquelas que eles arruinaram,” disse em entrevista para MTV em 2008.
“No livro, ela é destemida, tem a cabeça raspada e usa preto o tempo todo. Mesmo que eu não goste dessa versão da Vanessa, eu não nada contra Jessica. Eu só queria que Vanessa fosse um pouco mais parecida com aquela dos livros,” completou.
Rússia? Ataque cibernético? Não estamos falando das eleições de 2016
Um dos assuntos que continuam rendendo manchetes nos principais jornais dos Estados Unidos é a interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016. Entretanto, de acordo com um recente artigo publicado na Vanity Fair, Gossip Girl tem sua própria experiência com hackers russos.
“Em todas as temporadas, nossos roteiros terminavam na internet e nós realmente não conseguíamos entender porque,” contou um dos produtores para revista. “Nós contratamos um detetive particular. Nós não entendíamos como que aquilo estava vazando, todos os detalhes,” diz.
“Uma adolescente, eu acredito, da Rússia ou da Bulgária, tinha hackeado a sala dos roteiristas e estava vendendo os textos no eBay. Mas elas era menores de idade, então não poderiam ser processadas pelo estado. Foi um pesadelo para travalhar. Tínhamos que marcar um “X” em todo texto. Imprimíamos em papel vermelho, era como se uma Gossip Girl esatava no nosso sistema,” brinca.
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A nossa House of Cards
Se Dawn Ostroff, ex-presidente de entretenimento da CW, tem algo para se orgulhar da sua administração foi a crição de Gossip Girl. De acordo com o próprio executivo, o acerto foi tamanho que a série foi para CW essecialmente o que House of Cards foi para Netflix. Um único programa que representasse um canal inteiro.
Enquanto Schwartz e Savage foram capazes de cativar uma audiência inteira naquela Fall Season, o enorme sucesso só aconteceria na primavera de 2008. Em parte por causa da greve dos roteiristas. “The CW não poderia simplesmente exibir reprises e game shows, Gossip Girl era tudo que eles tinham,” diz Schwartz. “Eles começaram a reprisar a série durante a greve e cada vez mais pessoas começaram a sssistir,” completa.
Quando os episódios inéditos estavam prontinhos para serem exibidos, a emissora aproveitou o momento para exibir os cartazes que comentamos anteriormente. O departamento de marketing sabia que não existia uma forma melhor de estimular a audiência do que lembra-la sobre a controvérsia que a série gerava. Logo o primeiro episódio pós-greve foi exibido e a audiência explodiu de uma forma extraordinária, “as pessoas sabiam sobre o que iríamos falar,” afirma o produtor executivo, Joshua Safran.
Obs: Para os fãs de Leighton Meester, lembro que ela está no elenco da nova comédia da ABC, Single Parents.
E então, saudades de Gossip Girl?
XoXo