Episódio final de The Flash foi corrido e decepcionante
Review do episódio final e décimo terceiro da nona e última temporada de The Flash, da The CW, intitulado "A New World part 4: Finale".
Em 2013, durante a produção da segunda temporada de Arrow, os produtores anunciaram o primeiro spin-off do que viria a ser o Arrowverso, o universo compartilhado da DC na televisão. O Flash participou primeiro de dois episódios em Arrow antes de ganhar carta verde para o desenvolvimento de seu próprio episódio piloto. Foi então que em outubro de 2014 estreou o primeiro episódio de The Flash.
O episódio se tornou o segundo piloto mais assistido na história do canal The CW. E sua primeira temporada entregou uma produção primorosa que conquistou tanto o público que já era fã do herói quanto os que não o conhecia muito bem.
The Flash acabou um pouco antes do previsto
Desde a primeira temporada já existia a previsão de que a série poderia chegar até a 10ª temporada. Isso devido a aparição de uma cópia do jornal de 2024 citando a Crise. Só que, com audiência em declínio (devida à queda da qualidade da série) ao longo das temporadas, e com o fim de Arrow se aproximando, os planos mudaram.
A produção, então, adiantou os eventos da Crise nas Infinitas Terras para a sexta temporada. A partir daí, tudo o que veio após a Crise em The Flash foi ladeira abaixo. Basta comparar os eventos pré e pós-Crise (metade da sexta temporada).
Por decisão de Grant Gustin (conforme revelado em entrevista), o fim da série foi antecipado para a nona temporada. Pela decisão antecipada, era de se esperar uma última temporada que superasse tudo o que assistimos nos último anos. Mas o resultado foi uma temporada ainda mais fraca e decepcionante para os fãs que esperavam algo melhor para o fim do Arrowverso.
Os motivos por trás da constante ausência de Barry nos episódios, o foco nos personagens secundários e a falta de aproveitamento dos arcos ainda são uma grande incógnita. E foi assim que chegamos ao episódio final de The Flash.
Um final corrido para o homem mais rápido do mundo
A quarta e última parte do arco final, “A New World”, de The Flash tinha tudo para ser algo grandioso. O nascimento oficial do Azul Cobalto e o retorno de todos os vilões velocistas que já deram as caras na série precisavam de mais tempo e melhor desempenho do que apenas um episódio de despedida.
A grande sequência do team Flash enfrentando a legião de velocistas até teve um ou outro momento empolgante. Os visuais foram de qualidade. Mas ver estes grandes vilões que antes deram tanto trabalho serem derrotados individualmente por personagens secundários foi lamentável, foi frustrante, foi descaso.
Durante quatro episódios, vimos a construção do antagonismo de Eddie Thawne/Cobalto Azul, para no final o vermos desistir de tudo com apenas um diálogo (como já vimos antes na série). A cena não foi de toda ruim, até poderia ter acontecido através do convencimento, mas desde que desenvolvida com mais tempo e qualidade.
O embate final entre o Flash, Cobalto e os velocistas precisava de mais tempo em tela, mais emoção.
Apesar de tudo, The Flash será sempre lembrado
O pedido de casamento de Joe e Cecile ao final ainda conseguiu ofuscar momentos que poderiam ser aproveitados entre Barry e sua família, ou mesmo Barry e o elenco original da série The Flash.
Por falar em Cecile, acredito que o visual final dela como Virtude foi interessante e poderia ter acontecido antes (já que, infelizmente, ela ganhou tanto protagonismo nas últimas temporadas).
A participação da personagem Khione não teve grande papel na temporada a não ser para trazer Caitlin de volta à vida nas cenas finais. Coisa que também poderia ter acontecido antes para que a redenção da personagem tivesse maior peso. E quem sabe até influenciado numa participação final de Cisco, que tanto fez falta nesse último episódio.
Ao menos o nascimento de Nora e o discurso final de Barry foram emocionantes. Assim como os flashbacks e o Velocista Escarlate passando seus poderes para toda uma nova geração de velocistas.
The Flash ganhou um ponto final bem agridoce, mas conseguiu emocionar um pouco o coração dos fãs do super-herói. Afinal de contas, foram nove anos acompanhando esta história. Grant Gustin foi marcado como o Flash dessa geração e seu trabalho na série será sempre lembrado.
Ele foi o pilar dessa adaptação do começo ao fim, foi quem motivava os fãs a seguir vendo a série até o seu fim, não importando os altos e baixos. É triste ver a última corrida do Flash acabar assim, mas ele será sempre lembrado com nostalgia e carinho pelos fãs!
Nota: 3/5