Globoplay lançou uma das séries mais faladas do ano no Brasil

No catálogo do Globoplay, uma série tem se destacado pela ousadia e profundidade de sua narrativa: “Vale o Escrito – A Guerra do Jogo do Bicho”. Lançada no início de novembro, esta obra é um mergulho no submundo do jogo do bicho no Brasil, um tema que sempre despertou curiosidade e mistério.

Criada pelo jornalista Fellipe Awi, a série documental se divide em sete episódios. Cada um com cerca de uma hora, trazendo à tona aspectos nunca antes explorados sobre esses esquemas fraudulentos. Ela também explora a expansão de grupos criminosos e a intimidade dos grandes chefões da contravenção penal.

O que torna “Vale o Escrito” uma peça chave no gênero documental é a forma como aborda o jogo do bicho, um eufemismo para uma loteria popular ilegal. Esta loteria floresceu no Rio de Janeiro e, consequentemente, se transformou em uma fonte de renda para organizações criminosas.

A série, então, não apenas desvenda a história dessa “bolsa de apostas”, que remonta há mais de 130 anos, mas também revela a formação da “Cúpula dos Contraventores”. Este, um conglomerado de famílias que dominaram o jogo do bicho em várias regiões da cidade.

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A narrativa de “Vale o Escrito” é reforçada pela presença de Pedro Bial, que empresta sua voz e supervisão artística ao projeto, parte do Conversa.Doc, núcleo de documentários do seu programa na Rede Globo. Além disso, a série traz depoimentos de especialistas e familiares de criminosos. O que traça um quadro completo dos conflitos, prisões, assassinatos e da vida pessoal dos principais envolvidos no esquema.

Um ponto de interesse particular são os laços entre o jogo do bicho e o mundo das escolas de samba. A série explora como figuras como Waldermir “Miro” García, Castor de Andrade e Aniz “Anízio” Abraaão Diniz. Todos, nomes proeminentes no jogo do bicho, desempenharam papéis cruciais no financiamento e administração de escolas de samba famosas. Este aspecto ilustra a complexa teia de influências e poder que estes contraventores exerciam, indo além do mundo do crime.

Finalmente, “Vale o Escrito” não se limita a pintar um quadro sombrio. A série também aborda o “papel social” desses bicheiros, que, apesar de suas atividades ilícitas, contribuíam para atividades sociais e benfeitorias comunitárias. Com uma nota de 8,9 no IMDb, a série tem recebido elogios da crítica, com Patrícia Kogut, do jornal O Globo, dando ao projeto “nota mil”.

“Vale o Escrito” prova ser mais que uma série documental; é um relato fascinante e revelador de um capítulo sombrio, porém significativo, da história brasileira.

Anderson Narciso

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014.Autor na internet desde 2011, passou pelos portais TeleSéries e Box de Séries.Fã de carteirinha de Friends, ER e One Tree Hill, é aficionado pelo mundo dos seriados. Também é fã de procedurais, sabendo tudo sobre o universo das séries Chicago, Grey's Anatomy, entre outras.

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