Historia sombria por trás do Thanos na 2ª temporada de Round 6 é inacreditável

Depois de um tempo sem exibir episódios inéditos, Round 6 retornou com tudo na Netflix. E embora tivemos novos jogos brutais e dilemas na 2ª temporada, também tivemos novos personagens que ficaram na boca do povo. Entre eles, Thanos, personagem de Choi Seung-hyun, mais conhecido como T.O.P..

Essa sua participação na segunda temporada de Round 6 foi cheia de controversa, especialmente se considerarmos o passado conturbado do ator e rapper.

Com seu cabelo roxo espetado, uma cruz cheia de drogas e um comportamento excêntrico, Thanos parecia fora de lugar em meio à tensão mortal dos jogos. No entanto, por trás do personagem caricato e muitas vezes odiado, existe uma história que mistura redenção, reflexões sobre dependência e uma conexão surpreendente com a trajetória real de T.O.P.

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O Passado de T.O.P e Sua Volta com Thanos em Round 6

T.O.P, membro do icônico grupo de K-pop BIGBANG, foi banido da indústria sul-coreana em 2017 após ser condenado por uso de maconha — algo extremamente grave em seu país natal, onde todas as drogas têm a mesma severidade legal. Após a condenação, ele sofreu uma overdose de tranquilizantes, que posteriormente revelou ter sido uma tentativa de suicídio.

A recuperação foi longa, e T.O.P ficou longe dos holofotes, dedicando-se à música como forma de terapia e escrevendo mais de 100 canções durante o período.

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O retorno à atuação em Round 6 foi um passo ousado para o artista. Isso porque ele que aceitou interpretar um personagem com muitas semelhanças com sua vida pessoal.

Segundo o diretor Hwang Dong-hyuk, o papel exigiu coragem de T.O.P, já que Thanos é um rapper egocêntrico e dependente de drogas. Aspectos, dessa forma, que ecoam as críticas enfrentadas por T.O.P no auge de sua crise pública.

Thanos: Um Personagem Excêntrico com Camadas

No enredo de Round 6, Thanos, cujo nome verdadeiro é Choi Su-bong. Ele é um ex-rapper que perdeu toda a sua fortuna investindo em criptomoedas por influência de Myung-gi, outro jogador dos jogos. Endividado em mais de um bilhão de won, Thanos se vê em um momento desesperador, prestes a tirar a própria vida. É quando ele é recrutado pelos guardas do jogo.

Dentro dos jogos, Thanos se destaca por sua personalidade extravagante e comportamento errático, muitas vezes causado por seu consumo constante de drogas contrabandeadas para a competição.

Ele exala arrogância e, ao mesmo tempo, humor, oferecendo momentos cômicos e controversos na temporada. Embora tenha sido criticado por sua postura agressiva e egoísta — culminando em sua morte ao ser esfaqueado durante uma briga —, Thanos também revela traços de vulnerabilidade que ressoam com sua busca por redenção.

A Reação do Público de Round 6

A interpretação de T.O.P como Thanos dividiu opiniões. Enquanto muitos elogiaram sua coragem e a profundidade que trouxe ao personagem, outros consideraram Thanos irritante e desnecessário.

Na Coreia do Sul, sua atuação em Round 6 gerou críticas severas, refletindo o ainda persistente julgamento público sobre os erros passados de T.O.P. Algumas emissoras sul-coreanas até chegaram a desfocar o rosto de T.O.P em cenas de divulgação.

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Em contraste, fãs internacionais mostraram forte apoio ao artista. Muitos elogiaram sua performance e pediram que ele busque oportunidades fora da Coreia do Sul, onde poderia recomeçar sua carreira sem os mesmos estigmas.

Redenção ou Novo Começo?

Com a 2ª temporada de Round 6 atingindo 68 milhões de visualizações globais, T.O.P conseguiu transformar um capítulo sombrio de sua vida em uma oportunidade para recomeçar. Para ele, assim como para seu personagem, os jogos não foram apenas uma luta pela sobrevivência, mas uma metáfora para a reconstrução de sua identidade e carreira.

Thanos pode ter sido um personagem divisivo, mas sua presença em Round 6 e a performance de T.O.P trouxeram um peso emocional que reflete a complexidade da humanidade — tanto dentro quanto fora da tela.

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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