House of the Dragon: Rhaenyra pode mudar tudo na série

Toda Westeros está repleta de fofocas e intrigas enquanto um novo herdeiro se senta no Trono de Ferro. Em House of the Dragon, Rhaenyra Targaryen (interpretada pelas talentosas Emma D’Arcy e Milly Alcock) conquistou a coroa no episódio final da 1ª temporada, após uma série de ciclos jurídicos políticos usuais de Game of Thrones.

No entanto, agora que uma nova Targaryen se tornou regente de Westeros, temos que nos perguntar sobre um elemento-chave do seu reinado: ela realmente merece a coroa de Viserys? Afinal, as circunstâncias que rodearam a sua coroação são turvas, para dizer o mínimo. Além disso, Rhaenyra está moralmente pronta para liderar a Casa Targaryen no conflito que se aproxima? Vejamos o que sua personagem na série pode nos dizer sobre Rhaenyra como Rainha e se ela merece ou não a posição.

A guerra civil

A próxima luta entre as facções montadas em dragões da Casa Targaryen pode ser um verdadeiro teste de caráter para Rhaenyra. Na série, vimos que Rhaenyra tem inteligência, ambição e conhecimento tático para participar deste conflito – até certo ponto.

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Embora ela tenha todas essas qualidades, ela não possui experiência real de combate. Mesmo que ela mencione que quer se tornar uma cavaleira no início da série, esse sonho nunca acontece. Ela nunca monta Syrax (seu dragão) para a batalha, o que pode ser percebido como um sinal de fraqueza pelas forças dentro e fora da Casa Targaryen.

Durante tempos tumultuados de conflito, um “Rei guerreiro” com alguma experiência no campo de batalha pode ser útil para manter a população calma. Nestas circunstâncias, a falta de experiência militar de Rhaenyra poderia ser a sua ruína.

Uma linha distorcida de sucessão

Embora Rhaenyra seja a filha mais velha do Rei Viserys, ela nunca foi destinada ao Trono de Ferro. Os costumes de Westeros, assim como as leis de sucessão da vida real na maior parte do mundo, determinam que o filho mais velho do sexo masculino é o único que pode herdar a coroa por direito.

Na história de Westeros, o caso de Rhaenys Targaryen vem à mente. Ela era a filha mais velha de Aemon, e isso a tornaria a herdeira legítima. No entanto, foi decidido que Baelon Targaryen se tornaria o novo Rei, passando por cima da sucessão de Rhaenys.

Rhaenyra nunca seria conhecida como a “Rainha que Nunca Existiu”, como Rhaenys, mas sua sucessão ainda é tema de conflito acalorado em Westeros. Ainda assim, o Rei Viserys a nomeou sua sucessora, e isso tem muito mais peso do que seus oponentes gostariam de admitir.

House of the Dragon: 2ª temporada sofre grande pressão na HBO — Imagem: Divulgação House of the Dragon/HBO

Livros e televisão

Claro, aqueles que leram Fogo e Sangue sabem que o mandato de Rhaenyra como Rainha dos Sete Reinos não é o mais longo já registrado. Afinal, há uma razão pela qual ela é conhecida como a Rainha do Meio Ano. Pior ainda, Joffrey Baratheon, entre todas as pessoas, já estragou o fim de seu reinado para nós em Game of Thrones quando menciona que o irmão de Rhaenyra “alimenta seu dragão com ela”.

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Ainda assim, como a primeira mulher sentada no Trono de Ferro, a questão é se Rhaenyra merece ou não a coroa, mas que legado sua coroação deixa para Westeros. O fato de ela assumir o papel de Rainha dos Sete Reinos – por mais breve que seja – constitui um precedente que muda todo o equilíbrio de poder de Westeros.

A ascensão de Rhaenyra ao Trono de Ferro enviou ondas de choque por todo o rein. E preparou o cenário para uma guerra civil épica que seria forjada com sangue e fogo. A Rainha do Meio Ano pode ter um reinado curto, mas seu legado – e seu papel em Game of Thrones e House of the Dragon – é monumental.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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