Industry vira a “nova joia” da HBO com 3ª temporada | Crítica
Crítica da 3ª temporada de Industry, série da HBO que se tornou a nova joia do canal premium. Confira o que achamos.
A terceira temporada de “Industry” chega com força total, estabelecendo-se como a melhor série da HBO atualmente. Criada por Mickey Down e Konrad Kay, a série continua a explorar o mundo implacável das finanças, mas agora com um foco mais profundo na monstruosidade dos seus personagens.
Cheia de traições de tirar o fôlego, escolhas horríveis e novos personagens deploráveis, a nova temporada mostra que seus protagonistas não estão mais para brincadeiras: eles afiolaram suas garras e estão prontos para atacar.
3ª temporada de Industry traz história interessante
A temporada abre na deslumbrante costa de Maiorca, na Espanha, onde Yasmin (Marisa Abela) desfruta de uma festa no iate de seu pai. Este cenário contrasta fortemente com o claustrofóbico escritório de Pierpoint & Co., em Londres. Após um incidente embaraçoso com seu pai, Charles Hanani (Arthur Levy), Yasmin retorna ao Reino Unido, encontrando-se em uma situação precária. Com a recente fuga de seu pai após desviar milhões de sua própria empresa, Yasmin se torna alvo da mídia e uma responsabilidade para o banco.
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Enquanto isso, Robert (Harry Lawtey), agora um associado da Pierpoint, parece ser o único personagem a manter uma centelha de humanidade. Ele recebe a missão de cuidar do volátil Sir Henry Muck (interpretado de forma impecável por Kit Harington) após o desastroso IPO de sua empresa de tecnologia de energia verde, Lumi. Harper (Myha’la), expulsa da Pierpoint no final da segunda temporada, encontrou um novo papel como assistente na hedge fund ética FutureDawn. Ela rapidamente forma uma aliança estratégica com Petra Koenig (Sarah Goldberg), mostrando que não é uma mera auxiliar de escritório, mas uma força a ser reconhecida no mundo das finanças.
A singularidade de “Industry” está em seu timing perfeito e na forma como aborda conceitos como “investimento woke” através da empresa Lumi, destacando a absurda realidade por trás do investimento ético. Em oito episódios, a série revela que a responsabilidade social não consegue mascarar um núcleo podre.
Novas histórias, nova energia
Nesta temporada, a série dá mais espaço para personagens novos e antigos, apresentando Sweetpea Golighlightly (Miriam Petche), uma nova contratada com negócios paralelos no TikTok e OnlyFans. O episódio 4, “White Mischief“, é particularmente emocionante, focando na vida pessoal em rápida deterioração do veterano Rishi Ramdani (Sagar Radia), cujo vício em cocaína e outros vícios o levam à beira do abismo.
No entanto, é Yasmin quem realmente está no centro desta temporada. Ela se vê em um dilema entre fugir de homens predatórios como seu pai ou ceder à segurança financeira e ao status social que sempre conheceu. Com um segredo chocante, Yasmin deve decidir se está disposta a criar uma vida independente ou continuar presa a um ciclo de dependência.
Para Eric, que finalmente se torna sócio da Pierpoint, dinheiro e poder continuam sendo seu norte. O público testemunha uma versão ainda mais sombria do banqueiro, disposto a qualquer coisa para sobreviver às turbulências do setor.
“Industry” começou com o foco no mundo bancário, mas em sua terceira temporada, evoluiu para um drama emocionante sobre a corrosão das relações. E assim aborda por que algumas pessoas sempre escolhem a si mesmas. Ou ainda, como outras prosperam em um ciclo de crueldade e malícia.
Com sua narrativa envolvente e personagens complexos, “Industry” se consolidou como a nova joia da HBO. E oferece uma visão brutal e realista de um mundo onde o sucesso vem ao custo de valores e relações humanas.