Jack Ryan: final da 4ª temporada foi amargo
O ato final de Jack Ryan entrega toda a rede de corrupção dentro da CIA e nos leva até o alto escalão politico. Confira!
Antes de mais nada, preciso dizer que é difícil se despedir de uma série que acompanho desde o início. Entretanto, gosto do encerramento de ciclos.
Desde a primeira temporada, Jack Ryan tem sido umas das estrelas do Prime Video. Dessa maneira, a adaptação do drama de Tom Clancy é capaz de ter sua base leal de fãs. Todavia, o encurtamento para apenas 6 episódios da 4ª teve, sim, um grande impacto na trama de Jack Ryan.
A princípio, a última temporada prometia muito, porém o sentimento é de que tudo foi meio que jogado na história, para que um adeus fosse dado. Primordialmente, no ato final de Jack Ryan, onde o ápice final simplesmente não acontece.
Quando vemos o todo, não fica claro de fato qual é a narrativa que traria a urgência e os nervos à flor da pele como nas temporadas anteriores.
Ação nunca falta em Jack Ryan
Enquanto as sequências de ação sejam excelentes e bem dirigidas, o contexto fica como um contraste ruim em Jack Ryan. Quando há de fato o entrelaçamento, fica nítido as questões emocionais e pessoais como principal motivação. Assim como quando Greer enfrenta o dilema de seu filho ter sido ameaçado nessa jornada.
E também como Elizabeth, com a premissa de querer mudar tudo. Porém, assim que entra em um dilema, não hesita em adotar seu melhor lado político para se proteger em Jack Ryan.
Do mesmo modo, Chavez tem atuação plena durante todos os episódios, mas seu personagem perde a força quando fica preso a vingança de amigos que mal conhecemos no início da temporada. Não houve como criar empatia, já que foram descartados rapidamente em Jack Ryan.
Rede de corrupção
Assim que descobrimos o rastro de toda corrupção na CIA, vemos que haveria muito mais a ser desenvolvido, uma vez que tríade e carteis estão envolvidos neste pântano, incluindo políticos do alto escalão americano.
Com toda essa miscelânea de enredos, Jack Ryan em si tem menos tempo de protagonismo no encerrar da série. Contudo, November consegue se sobressair, não só como coadjuvante, mas também como principal ajudante nas piores horas.
Ainda mais com a convergência de um ataque terrorista em iminência de acontecer em solo americano. Pode-se dizer que, na última temporada de Jack Ryan, uma donzela em perigo foi usada.
Nada mais que Cathy, o par romântico do nosso espião favorito, sofre com a astucia de seus inimigos e coloca Jack Ryan em situação delicada.
Ato final de Jack Ryan
Como resultado de todo desenrolar, Jack Ryan consegue neutralizar as bombas que estão a caminho dos Estados Unidos. Como de praxe, o senador Henshaw foi a pessoa que autorizou a entrada dos veículos carregados em solo americano.
Mas não acaba aqui. Do mesmo modo, Osoji, o conselheiro de políticos, também tem sua participação na rede de corrupção. Todavia, Elizabeth mostra que sabe derrubar reis e peões, pois, mesmo com imunidade na CIA, consegue fazer o vilão ser preso por questões da lei comum.
Mas de fato quem era o principal vilão? Essa é a maior fraqueza da última temporada de Jack Ryan. Como resultado, podemos ver que o senador Henshaw é o principal, dentro de todos que surgiram nessa jornada.
Definitivamente, o clímax final da série é a cena em que Jack Ryan contempla pela última vez sua equipe reunida. Assim, sua partida para o pôr do sol em companhia de Cathy nos dá a despedida do analista que virou o mundo para salvar os Estados Unidos diversas vezes.
Nota: 3,5/5.