Júnior Bake Off – 1×08 – Virada no Jogo
No episódio desta semana, batizado pela gente de Virada no Jogo, traz a eliminação de um antigo favorito, "provas elaboradas" e muito mais.
Virada no Jogo: o favorito é eliminado, e agora?
Um dos meus grandes problemas com o Júnior Bake Off foi o fato do reality show ser tratado como um puxadinho. Isto é, uma maneira de ocupar programação entre os piores períodos da televisão para audiência – janeiro e fevereiro. Felizmente, isso mudou nessa reta final. Temos a emissora acertando (e muito bem) na estratégia dos comerciais, nos eliminados e na proposta das provas. Ainda não sei se estou pronto para desejar por uma segunda temporada, uma vez que preciso ver como que eles finalizam esse ano em relação a tom e qualidade da proposta.
Com a eliminação do Thiago na semana passada, a impressão é que a competição adquiriu uma postura mais séria e não tão boba, indicando que talvez a idade mínima precisa ser aumentada num eventual segundo ano. A primeira prova foi uma das melhores até aqui. Mesmo desconhecido, o drip cake fez com que as crianças pensassem fora da caixa. Além de acertar no preparo do bolo, seja nas camadas ou no assamento, eles também tinham que ser criativos. Surpreendente, mas sem exagerar. Destacar-se, mas sem tropeçar na quantidade. Quem chegou lá? Aquele bolo maravilhoso da Duda.
Não entendi muito bem a segunda prova, na verdade acredito que nem mesmo as crianças compreenderam a proposta. Porém eu aprecio o nível de dificuldade, até porque estamos na antevéspera do final. A receita? “Modelar um abacaxi usando isopor comestível, que é feito a partir de uma mistura de flocos de arroz e marshmallow derretido”. Se parece difícil para você, imagina para crianças com menos de 15 anos. Por isso, mesmo um pouco confuso, preciso dar parabéns a todos os miniconfeiteiros por terem encarado a proposta.
Lições da Vida
Sabe o que eu mais gosto em reality shows? O fato de que num dia você está por cima e noutro lá embaixo. Posso ter roubado o bordão da Heidi Klum em Project Runway (“Num dia você está dentro, no outro está fora“), mas ele cabe muito bem aqui. Isso porque comecei essa temporada torcendo para o Gustavo. Ele demonstrava não só muita qualidade e uma energia contagiante, como também muita vontade de aprender. O problema é que ele decaiu de uns episódios para cá e neste foi eliminado. Essa derrocada acontece ao mesmo momento que Thales se consolida como o grande favorito.
Antes de finalizar eu adoraria dar parabéns ao SBT pela maneira interessante na qual eles dispuseram os comerciais. Foram poucos no começo, o que mostra que a televisão brasileira está finalmente olhando para o modelo lá dos Estados Unidos. A TNT usou da mesma estratégia para segurar a audiência em Animal Kingdom, da mesma maneira que a Fox fez com Empire. Não sei se vai funcionar, mas aprecio a intenção de mudar.
Por Bernardo Vieira