Law & Order: SVU concluiu 24ª temporada com força

Sei que é um clichê e que já estou repetitivo, mas 24 anos no ar não é para qualquer um. Law & Order: SVU já viu cinco presidentes, além de mudanças sociais importantes na sociedade americana.

Sendo assim, constatar o encerramento de mais um ano é um deleite para quem acompanha a série desde o piloto. A outra boa notícia é que essa conclusão veio com um crossover com Organized Crime.

Em “Bad Things” e “All Pain Is One Malady“, além dos episódios da série derivada, temos o desenvolvimento, ou melhor, a continuação de uma investigação extraordinária. A questão é que, caso demore, as vítimas podem se acumular.

Uma metáfora dos tempos

A proposta desses episódios de Law & Order: SVU é um tema que pouco se trabalha em televisão. Um adolescente degenerado busca atenção do mundo ao criar um site de assassinos de aluguel. Os principais alvos, contudo, são autoridades. Aparentemente, mais um caso de radicalização pelas rede sociais.

Permitam-me dizer que entendo essa narrativa um pouquinho diferente. Não é um atentado àquelas autoridades, mas ao Estado, à democracia e à ordem constitucional. Não é comum a televisão, ainda mais TV aberta, tratar dessas questões.

Rapidamente lembro-me quando The Good Fight trabalhou o Kill All The Lawyers, uma alusão à Shakespeare, na sua segunda temporada. É importante, necessário e urgente pensarmos nessas questões num mundo com Bolsonaro, Trump, Obrador, Bukele e Maduro.

Migalhas

Com uma temática séria e importante, os roteiristas resolveram apelar para algo detestável em Law & Order: SVU. As tradicionais migalhas e tensão romântica entre Elliot (Chris Meloni) e Olivia (Mariska Hargitay) retornam sem nada de novo.

Os telespectadores, como sempre bobos, acreditam numa resolução ou em novidades. No entanto, nada acontece. Flertes, palavras doces e desejos ao vento estão por toda parte, mas são inócuos.

Esse ciclo tóxico de expectativas frustradas é um desrespeito enorme com quem assiste e torce pelo casal.

Balanço da temporada de Law & Order: SVU

Como estamos em uma Season Finale, acredito ser apropriado fazermos um balanço do que assistimos nessa 24ª temporada. Sendo assim, acredito que Law & Order: SVU fez o dever de casa. Ora optou por navegar na zona de conforto, ora pela ousadia.

O importante é que os roteiristas nunca deixaram aquilo que importa: as vítimas. A série honrou sua defesa por atendimento de qualidade, assim como a busca por justiça. Mariska Hargitay é uma força motriz diferenciada, dando vida a uma protagonista única.

Neste ano, ela teve que trabalhar um pouquinho mais, diante da desorganização completa do elenco de coadjuvantes. A saída repentina de Kelli Giddish impôs ainda mais confusão a já complexa dinâmica daqueles que deveriam apoiar e não confundir.

Um dos ajustes para o próximo ano de Law & Order: SVU é, sem dúvida alguma, os coadjuvantes. Que venha a 25ª, a 26ª, assim como a 27ª temporada e muitas outras. Até lá!

Bernardo Vieira

Meu nome é Bernardo Vieira, sou catarinense e tenho 25 anos. Sou bacharel em direito, jornalista e empreendedor digital. Escrevo no Mix de Séries desde janeiro de 2016.Sou responsável pelas colunas de audiência e Spoiler Alert, além de cuidar da editoria de premiações e participar da pauta de notícias. Quer saber mais? Me pague um café e vamos conversar.

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