Lou, da Netflix, é uma história real? A verdade por trás do filme

O novo filme da Netflix, Lou, está no topo da lista dos mais assistidos. Mas será que a emocionante história é real? Eis a verdade.

Lou

Lou, da Netflix, segue a história de uma mulher que prefere viver em reclusão. Ela está a quilômetros de distância da cidade, e as duas únicas pessoas mais próximas são uma mulher, Hannah, e sua filha, Vee. Uma noite, no meio de uma tempestade furiosa, Vee é sequestrada. O incidente leva Lou e Hannah a uma jornada angustiante que as força a confrontar seu passado.

Dirigido por Anna Foerster, o filme de ação e suspense utiliza o cenário isolado de uma ilha, abrindo mais dificuldades no caminho dos protagonistas com o clima implacável. Assim, é uma corrida contra o relógio que faz pensar sobre sua própria sobrevivência em circunstâncias semelhantes.

Lou é uma história verdadeira?

Não, Lou não é baseado em uma história real. É baseado em uma história original de Maggie Cohn, adaptada em um roteiro por ela e Jack Stanley. Embora os eventos do filme sejam fictícios, certos sinais de eventos históricos são catalisadores da história. A Lou de Allison Janney é apresentada como uma ex-agente da CIA que pode ter feito algumas coisas horríveis durante seu tempo em campo. Além disso, ele também faz referência ao golpe de 1953 no Irã, que mais tarde é rastreado como o epicentro do conflito no filme.

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A vencedora do Oscar Janney interpretou todos os tipos de personagens em sua ilustre carreira, mas esta é a primeira vez que ela assume um papel cheio de ação. “Eu disse que queria interpretar um herói de ação e dei um chute alto ou algo assim. E então esse filme veio de J.J. Abrams, e eu não podia acreditar que ele estava me enviando essa proposta“, disse a atriz.

Preparação intensa para um papel difícil

Em preparação para seu papel, onde Janney realizou muitas de suas acrobacias, ela passou por um rigoroso cronograma de treinamento com o coreógrafo de luta Daniel Bernhardt, que é conhecido por ter treinado nomes como Charlize Theron e Halle Berry. Enquanto Lou está fugindo de seu passado, a Hannah de Jurnee Smollett está fugindo de algo horrível que aconteceu com ela antes dos eventos do filme. O contraste entre a situação das duas mulheres apresenta uma narrativa bastante convincente.

Em preparação para interpretar Hannah, por exemplo, que revelou ter sofrido abuso doméstico, Smollett fez muitas pesquisas. “Passei muito tempo aqui em Los Angeles, em um abrigo de violência doméstica chamado Jenesse Center. E uma coisa que aprendi é que essas mulheres são sobreviventes; não são vítimas. Acho que essa é uma das coisas que realmente queríamos aprimorar para Hannah, que ela está lutando para sobreviver”, disse ela. Além de dar vida aos seus papéis na tela, as atrizes trabalharam nos bastidores como produtoras executivas.

Algo a pensar além da ação

Janney e Smollett colaboraram com a diretora Anna Foerster para adicionar mais nuances aos seus personagens, como tirar muitos diálogos de Lou. “Eu estava pensando que menos é mais com Lou. Acho que ela não deveria dizer nada aqui. E eu adorava cortar toda a gordura e qualquer coisa que pudesse dizer muito. Acho que era melhor para essa personagem não falar muito até que ela precisasse – até que o que acontecesse, acontecesse, e ela tivesse que conversar e explicar”, disse Janney. É através dessas pequenas coisas, então, que o filme parece mais realista.

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Lou se enquadra na categoria de thriller de ação, mas tem algumas questões significativas em seu núcleo, e o filme apresenta isso de uma maneira muito fundamentada. O filme, então, fala sobre algumas coisas genuínas e dá ao público algo em que pensar, mesmo não sendo baseado em fatos.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.