Esse filme de ficção científica na Apple TV+ é obrigatório para os fãs de Ruptura

filme perfeito para os fãs de Ruptura
Imagem: Divulgação.

Se você ficou obcecado pela atmosfera fria e misteriosa de Ruptura, da Apple TV+, então tem um filme no catálogo que pode ser a sua próxima grande descoberta: Lunar (2009).

Esse sci-fi estrelado por Sam Rockwell entrega um suspense psicológico de primeira, com uma vibe minimalista e perturbadora que lembra muito o universo de Lumon Industries.

Do que se trata Lunar?

Dirigido por Duncan Jones (filho de David Bowie), Lunar é um filme tipo a série Ruptura em muitos quesitos. A trama acompanha Sam Bell, um astronauta que passou três anos isolado em uma base lunar extraindo Hélio-3, um recurso essencial para a Terra. A única companhia dele é GERTY, um assistente robótico que cuida de suas necessidades e mantém a rotina do lugar.

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Faltando poucos dias para voltar para casa, Sam sofre um acidente estranho e, ao despertar, descobre algo que desafia tudo o que ele sabia sobre sua missão: existe outro Sam na base lunar. O problema? Ele não deveria estar ali.

A partir desse momento, a história se transforma em um thriller psicológico angustiante, onde Sam precisa desvendar segredos sinistros sobre sua própria existência.

Por que Lunar é a cara de Ruptura?

Lunar filme de 2009
Imagem: Divulgação.

Se tem algo que Ruptura e Lunar fazem muito bem, é criar uma sensação de desconforto. Assim como os escritórios da Lumon parecem um pesadelo corporativo estéril e sem saída, a estação lunar de Sam é um ambiente frio, impessoal e sufocante. A paleta de cores, a fotografia e até a maneira como os cenários são construídos fazem com que o espectador sinta o peso da solidão e da alienação.

Além disso, os dois títulos compartilham temas profundos sobre identidade, controle e manipulação corporativa. Em Ruptura, os funcionários são divididos entre suas versões “internas” e “externas”, sem memória entre uma e outra. Já em Lunar, Sam começa a questionar se ele realmente é quem pensa ser, em uma jornada que mexe com a cabeça do espectador.

E tem mais: Lunar aposta no mesmo tipo de narrativa cerebral e minimalista, onde cada detalhe importa. Nada de explosões e cenas de ação frenéticas – aqui, o terror está na descoberta, no desconforto de perceber que a realidade pode ser muito mais sombria do que parece.

Um sci-fi simples, mas genial

Mesmo sendo um filme de baixo orçamento, Lunar entrega uma experiência visual marcante. Duncan Jones optou por usar efeitos práticos e miniaturas, dando um ar retrô que lembra clássicos como 2001: Uma Odisseia no Espaço e Alien.

Mas o maior trunfo do filme é mesmo Sam Rockwell, que dá um show de atuação interpretando duas versões do mesmo personagem. O roteiro foi escrito pensando nele, e a forma como ele conduz o drama, indo da confusão ao desespero total, é simplesmente brilhante.

Portanto, se você gosta de ficção científica que mexe com a mente, Lunar é obrigatório. Ele entrega uma história intrigante, cheia de reviravoltas, e levanta questões que vão ficar ecoando na sua cabeça por dias.

O filme está disponível para alugar no Apple TV+, e além disso no Prime Vídeo.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.