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Com o futuro do mundo incerto em razão de escolhas erráticas, procura-se uma liderança sóbria, alguém que consiga possa aparecer na pior das crises e avisar – “Vai dar tudo certo, amanhã será um novo dia.” Da mesma forma que Barack Obama fez no dia 09 de novembro de 2016, ao perceber o que estava prestes a acontecer. É exatamente por isso que precisamos de Madam Secretary nas nossas televisões semanalmente.
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A boa notícia é que a série tem se comportado dessa forma durante toda a sua jornada. Acalmando o telespectador preocupado com o noticiário dos últimos dias, que trazem discursos demagógicos, decisões questionáveis e conflitos de interesse gritantes com nações estrangeiras. Entretanto, em The Detour temos uma ligeira queda em qualidade ao evidenciar o quanto a televisão americana precisa aprender sobre a África.
Foi clara a intenções dos roteiristas em apresentar um episódio cujo tema principal era discutir questões relacionadas ao continente africano, desde infraestrutura até mesmo a educação de meninas jovens que sonham com um futuro melhor. Porém, durante todo o desenvolvimento, evidenciou-se que estávamos assistido mais uma da interminável disputa por controle com a China, trazendo até a participação do ótimo Francis Jue como o Ministro do Exterior do país.
Recentemente, tivemos a saída de Yahya Jammeh, um dos ditadores mais brutais do continente, do comando da Gâmbia, após 22 anos de poder. O Sudão do Sul, como o país mais jovem do mundo, luta para dar o básico aos cidadãos que lutam contra a fome e doenças dos séculos anteriores. Por que não tocar nessas questões? Por que não discuti-las? É claro que é sempre muito divertido acompanhar a disputa pelo poder global com a China, mas há muita mais coisa para se falar no mundo do que comércio.
O pior de tudo, entretanto, fica com a tentativa frustrada e desnecessária do roteiro querer dar um tom cômico aos acontecimentos. Para que explorar o pavor de Daisy a voar? Qual sentido? O que agregou ao episódio? Felizmente nada. The Detour foi salvo pelo exímio trabalho de interpretação de Téa Leoni e de Tonya Pinkins, que mostra novamente o porquê deveria ser promovida ao elenco regular.
Vamos falar de África, por favor, mas com mais conhecimento, disposição e menos preguiça.
[youtube] https://www.youtube.com/watch?v=UBlION74qxY [youtube]
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