Mordida de Amor: nova série indiana da Netflix é inusitada

Mordida de Amor é uma inusitada e divertida série na Netflix. Mistura de humor, romance, drama e horror, série tem conquistado alguns fãs.

Mordida de Amor: nova série indiana da Netflix é inusitada
Mordida de Amor: nova série indiana da Netflix é inusitada

Quando se trata de vampiros, Bram Stoker foi talvez o autor mais influente que descreveu algumas de suas características. Esses recursos foram posteriormente modificados e usados em livros, séries e filmes. Exemplos incluem Buffy, a Caça Vampiros, Entrevista com o Vampiro, Crepúsculo, The Vampire Diaries ou What We do in the Shadows.

Em Mordida de Amor, a conexão com a tradição de Bram Stoker é perceptível. Mas também há muitas referências à cultura pop bengali, reminiscentes de filmes como Barfi ou Jagga Jasoos.

Como começa Mordida de Amor

A série começa com Rumi (Tanya) saindo em busca de sangue. Infelizmente, ela quebra um canino ao tentar beber o sangue de um homem e assim começa sua busca por um dentista. Ela acaba consultando o Dr. Roy (Shantanu) que desmaia ao ver sangue. Entra, uma gangue de humanos chamada Cuttmundu (outro trocadilho com a capital do Nepal e as palavras em bengali para cabeça decepada).

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Liderada por Luna Luka (Revathy) (italiano para ‘luz da lua’), essa gangue encontra e mata vampiros. E eles descobrem sobre o acidente de Rumi e decidem detê-la. A partir daí a situação se complica, onde o amor e a sede de sangue se chocam e as autoridades se envolvem.

A força do elenco de Mordida de Amor

Entre os atores, Tanya como Rumi é linda com seus grandes olhos escuros e sorriso largo. Mas sua química com Shantanu é bastante morna na série. Shantanu, como o incerto Roy, é inquieto e frequentemente chorão e a ‘Babushona’ de sua mãe começa a se tornar um pouco irritante em vez de cativante com o tempo. Além disso, um dentista que desmaia ao ver sangue é uma ideia bastante implausível, pois os dentistas, como qualquer médico, precisam passar por alguns testes envolvendo cirurgia e sangue antes de obter uma licença e certificado.

Como seu pai, Rajatava Dutta é hilário, enquanto Saswata Chatterjee como David, o chamado segundo doador da vida de Rumi, é uma combinação de amor e simpatia. Tilllotama Shome interpreta uma sedutora elegante que fala urdu, mas deixa a pessoa fria, já que seus diálogos e seu ‘adaa’ não combinam.

Por outro lado, Adil Hussain (AD) interpreta a conexão controladora entre os mundos dos humanos e dos vampiros, enquanto Revathy é um prazer assistir como Luna Luka, a chefe dos Cuttmundus. Sua aparência também tem algumas semelhanças distintas com um wicca popular da Cidade da Alegria. Anjan Dutt em um breve papel é um prazer de assistir, enquanto seu filho Kartik (Sikandar Kher), é talvez aquele cujo personagem, com todo o seu desafio, angústia e raiva, é o mais bem escrito da série. E Sikandar o desenvolve bem, interpretando o policial cansado e o filho com perfeição.

Mordida de Amor pode divertir

Embora haja uma série de coisas interessantes pela frente na série, o roteiro em si parece disperso e bastante lento, especialmente após os dois primeiros episódios e direto para o quinto. Além disso, muitas das tentativas de humor irônico podem ser perdidas para alguém que não está tão interessado nas nuances do bengali, mas está ansioso para continuar com a história.

Mas a história leva seu próprio tempo doce para se desenrolar. Mesmo a mistura contínua de hindi, inglês e bangla nos diálogos às vezes parece desnecessária, e a mudança dos personagens de hindi para bangla é um pouco chata, já que a sutileza dos diálogos originais se perde nas legendas. Talvez seja por isso que Mordida de Amor não consegue segurar o suspense e poderia ter sido um ritmo muito melhor com uma edição mais nítida e um roteiro mais preciso.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.