Novas séries de The Walking Dead vão resolver o problema errado

The Walking Dead tem várias séries derivadas pela frente. Mas os projetos podem apostar no caminho errado e esquecer boas qualidades.

The Walking Dead

Com vários outros spin-offs de The Walking Dead no futuro, cada série prova que uma mudança de cenário resolve o problema errado para a franquia.

Com The Walking Dead terminando sua história principal em novembro de 2022, isso deixa as muitas séries derivadas para carregar a tocha da tão amada franquia. Mas, com a história principal concluída, os showrunners precisam ter cuidado com o andamento de cada nova parcela.

Na melhor das hipóteses, as séries derivadas podem parecer novas histórias que sustentam o legado do programa original. No entanto, na pior das hipóteses, podem parecer cópias pálidas que tentam seguir as pegadas de seu antecessor.

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The Walking Dead conta a história de como grupos díspares de pessoas sobrevivem ao apocalipse zumbi, particularmente seguindo os personagens favoritos dos fãs, como Rick Grimes (Andrew Lincoln), Daryl Dixon (Norman Reedus) e Michonne (Danai Gurira).

Ao longo da série principal, o grupo encontrou vários assentamentos e tentou forjar um refúgio para si e para seus entes queridos.

Agora, vários spin-offs continuam as histórias desses personagens: The Walking Dead: Dead City apresenta Maggie (Lauren Cohan) e Negan (Jeffrey Dean Morgan) em busca do filho de Maggie.

Daryl Dixon, por sua vez, tem o personagem titular explorando o resto do mundo. Já o último spin-off se concentra em continuar a história de Rick e Michonne em uma minissérie.

Novas configurações não ajudarão os spin-offs de The Walking Dead

Uma semelhança entre vários spin-offs de The Walking Dead é que eles acontecem em locais mais exóticos do que o deserto da Geórgia e da Virgínia. The Walking Dead: Dead City permanece na costa Leste dos Estados Unidos e acontece na cidade de Nova York.

Daryl Dixon, entretanto, envia Daryl para mais longe quando ele aparece na França. Enviar esses personagens conhecidos para novos locais visa revigorar a franquia, expandindo seu mundo e fornecendo oportunidades interessantes de construção de mundo com os efeitos de longo prazo da pandemia de zumbis em diferentes áreas e culturas.

Leia também: The Walking Dead: Dead City dá a notícia que fãs queriam

No entanto, essa tática tem uma desvantagem significativa. O apelo de The Walking Dead não veio necessariamente da riqueza ou expansão de seu mundo, já que seu cenário é uma barreira para a sobrevivência dos personagens.

Consequentemente, a exploração é uma atividade perigosa e não uma que os personagens necessariamente queiram participar por causa de seus riscos.

Como tal, aumentar o escopo do cenário nos spin-offs de The Walking Dead não é o fator de engajamento mais forte. São os personagens pelos quais os espectadores se apaixonaram durante a execução inicial da série e suas conexões entre si, apesar das ameaças do mundo.

Por que Rick & Michonne é o spin-off mais emocionante

Com isso em mente, faz sentido que o próximo spin-off, focado em Rick e Michonne, seja sem dúvida o mais emocionante para os fãs da série original. Isso porque dará aos espectadores a chance de ver dois personagens nos quais já investiram.

Além disso, irá investigar mistérios não resolvidos e vilões do final de The Walking Dead, como o CRM e o desaparecimento de Rick. Por isso, este programa tem vários motivos para os espectadores sintonizarem.

Outros derivados giram em torno de locais diferentes do mundo. Além disso, o foco está mais em eventos sociais e políticos. Isso pode ser uma má notícia para quem está mais interessado nas pessoas do que nos cenários.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.