O Agente Noturno 2ª temporada Crítica: série mantém a tensão
Crítica sem spoilers da segunda temporada de O Agente Noturno. Ainda vale a pena assistir a série?
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Depois de uma primeira temporada eletrizante, O Agente Noturno volta com novos mistérios, traições e ameaças internacionais. A série da Netflix, baseada no livro de Matthew Quirk, provou ser um dos thrillers mais viciantes do streaming e, felizmente, a segunda temporada não decepciona – pelo menos naquilo que faz de melhor: prender o espectador na cadeira.
Agora, acompanhamos Peter Sutherland (Gabriel Basso) em uma missão ainda mais arriscada. Após um desastre em Bangkok, ele se torna alvo da própria agência para a qual trabalha e precisa correr contra o tempo para desmascarar uma nova conspiração.
Enquanto isso, Rose (Luciane Buchanan) recebe uma ligação misteriosa que a coloca de volta no jogo. A dinâmica entre os dois continua forte, mas a trama tenta expandir seu universo, colocando novos jogadores no tabuleiro.
O que continua funcionando na 2ª temporada de O Agente Noturno?
Se tem algo que O Agente Noturno faz bem, é entregar ação e tensão na medida certa. A série não enrola: desde o primeiro episódio, já somos jogados no meio do caos, com perseguições, reviravoltas e cenas de ação que não perdem a intensidade.
A direção acerta ao manter um ritmo ágil, e os episódios passam voando – algo raro em uma série de dez capítulos com quase uma hora de duração cada.
Outro ponto positivo é a química entre Peter e Rose. Se na primeira temporada ela era mais uma personagem deslocada na história, aqui ela se mostra mais útil e ativa. Ela ainda precisa lidar com decisões difíceis e, embora sua trajetória profissional seja um pouco jogada de lado, suas participações nos momentos de ação são bem trabalhadas. A relação deles continua sendo um dos pontos mais envolventes da trama.
Os tropeços da temporada
Por outro lado, a série erra ao tentar dar profundidade a algumas tramas secundárias sem realmente explorá-las. Um dos maiores exemplos é a nova fase da vida de Rose.
No começo da temporada, ela está tentando seguir sua carreira na área de tecnologia, mas basta uma ligação misteriosa para que ela largue tudo sem grandes consequências. Seu trabalho acaba sendo quase irrelevante para a história, e a forma como isso é tratado soa artificial.
Além disso, alguns conflitos parecem existir apenas para criar tensão desnecessária. Em determinado momento, Noor (Arienne Mandi) se torna peça-chave para a investigação de Peter, mas a falta de comunicação entre os personagens cria um problema que poderia ser resolvido com uma simples conversa. São pequenos tropeços que não estragam a experiência, mas que fazem a série perder um pouco da fluidez.
Veredito: ainda vale a pena assistir O Agente Noturno?
Definitivamente. O Agente Noturno continua sendo um dos melhores thrillers da Netflix, entregando cenas de ação envolventes, conspirações bem construídas e personagens carismáticos. Mesmo com alguns exageros e furos narrativos, a série consegue manter a adrenalina lá no alto e deixar o público querendo mais.
Se a Netflix renovar para uma terceira temporada – e tudo indica que sim –, podemos esperar mais intrigas e perigos para Peter e sua equipe. Enquanto isso, a segunda temporada cumpre seu papel: não reinventa a roda, mas mantém o suspense no ponto certo para quem busca uma maratona cheia de tensão e reviravoltas.