O Caso Asunta: segredos do final explicado

O Caso Asunta tem envolvido o público da Netflix. Agora, trazemos todos os segredos do final da série que já surpreendeu milhões.

O Caso Asunta

A série “O Caso Asunta” é um thriller policial baseado na história real do assassinato de Asunta Basterra.

A série da Netflix acompanha a investigação sobre a morte de Asunta Basterra, de 12 anos. Ele foi encontrada morta em 22 de setembro de 2013 em uma estrada na Galícia, Espanha.

A polícia descobriu seu corpo poucas horas após os pais adotivos, Rosario Porto e Alfonso Basterra, terem relatado seu desaparecimento à polícia. Rosario é presa em 24 de setembro. Já Basterra vai para a prisão em 25 de setembro, ambos em conexão com a morte de Asunta.

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A série explora a investigação sobre Porto e Basterra, interpretados por Candela Peña e Tristán Ulloa, respectivamente.

Asunta Basterra foi relatada como desaparecida por seus pais, Rosario Porto e Alfonso Basterra, que estavam divorciados na época, em 21 de setembro de 2013. Porto disse à polícia que Asunta estava em seu apartamento fazendo lição de casa. Isso enquanto ela saía para visitar a casa de campo da família em Teo. Quando Porto retornou às 21h30, Asunta não estava em lugar algum.

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Após relatar o desaparecimento, o corpo de Asunta foi encontrado horas depois, no dia seguinte, em Teo, Galícia, Espanha. Um legista, então, determinou que Asunta morreu por asfixia e que havia recebido pelo menos 27 comprimidos de Lorazepam no dia de sua morte. Isso equivale a nove vezes mais que a dose alta recomendada para um adulto.

A polícia encontra imagens de CCTV que contradiziam sua história sobre a noite do desaparecimento de Asunta. Eles, então, prenderam Rosario Porto em 24 de setembro de 2013. Além disso, Alfonso Basterra também foi preso um dia depois.

O casal foi julgado em outubro de 2015, quando um júri considerou Porto e Basterra culpados pelo assassinato de sua filha adotiva. O júri determinou que Asunta havia sido sufocada na casa de campo de Teo antes que seu corpo fosse jogado na estrada. Um juiz os condenou a 18 anos de prisão por assassinato qualificado com circunstâncias agravantes de parentesco e abuso de autoridade.

O veredito e a polêmica

Em maio de 2016, o veredito foi posteriormente alterado. Isso porque não conseguiram provar que Basterra estava no carro de Porto quando ela viajou para Teo para despejar o corpo de Asunta. O Tribunal Superior de Justiça da Galícia manteve que Basterra havia planejado e colaborado no assassinato, mas que Porto havia causado a asfixia.

Os tribunais mantiveram a sentença de 18 anos para ambos os pais, que mantiveram sua inocência, rejeitando inúmeros recursos.

Enquanto estava na prisão, Porto tentou suicídio em duas ocasiões. Em novembro de 2017, ela foi internada na enfermaria da prisão por profunda depressão. Porto morreu por suicídio enquanto estava na prisão em 18 de novembro de 2020.

Basterra cumpre sua sentença de 18 anos na prisão de Teixeiro, na Espanha. Em 2017, antes da morte de Porto, então, Basterra enviou uma carta aos produtores da série documental espanhola “Lo que la verdad esconde: Caso Asunta”, que cobriu o caso em detalhes.

Quando recuperar minha liberdade, tenho a firme intenção de desaparecer, ninguém mais ouvirá falar de mim, nem mesmo Rosario Porto“, dizia a carta.

Só tenho um motivo para permanecer vivo, que não é outro senão ser um homem livre novamente e me reunir com minha filha, nunca antes. Na verdade, já pensei no como e no onde. Só preciso do quando, mas tudo vem.

O episódio final de “O Caso Asunta”, então, mostra como o júri chegou à decisão de condenar Porto e Basterra, antes de delinear o destino de ambos os pais.

A série da Netflix, no entanto, enfatiza que um motivo claro nunca foi estabelecido para Porto e Basterra matarem sua filha. Isso levou alguns a questionarem o veredicto do julgamento. Ambos os pais mantiveram sua inocência ao longo de todo o processo.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.