O episódio 3 de The Pitt tratou do luto com intensidade e emoção
Resenha do episódio 3 com spoilers de The Pitt, série da Max. Saiba o que acontece e como episódio lidou com o luto.
O terceiro episódio de The Pitt, intitulado “9:00 A.M.”, reduz um pouco o ritmo frenético dos dois primeiros capítulos para oferecer momentos mais introspectivos, ainda que a intensidade emocional permaneça alta.
Ao equilibrar casos médicos devastadores com interações pessoais e decisões difíceis, o episódio mostra como o caos de um pronto-socorro é feito tanto de ação imediata quanto de silêncios opressivos.
Ritmo equilibrado e histórias emocionais
O episódio começa exatamente onde o anterior parou, com o Dr. Whitaker (Gerran Howell) continuando as medidas de salvamento de um paciente em uma abertura carregada de adrenalina. No entanto, conforme a narrativa avança, vemos o ER focar em casos mais silenciosos, mas igualmente devastadores.
Destaque para a trama dos Bradleys (Samantha Sloyan e Brandon Keener), que precisam aceitar a morte de seu filho, e para os irmãos que optam por intubar o pai contra a recomendação de Robby (Noah Wyle).
Ambos os arcos, então, entregam os momentos mais comoventes da série até agora. Eles mostraram que o impacto emocional em The Pitt não depende de gritos ou correria – o luto silencioso é tão poderoso quanto a emergência.
Personagens em desenvolvimento em The Pitt
O episódio faz um bom trabalho em equilibrar o foco nos casos médicos com a dinâmica entre os personagens. Os médicos veteranos e os estudantes formam um grupo coeso, e os momentos de aprendizado são cuidadosamente trabalhados. Por exemplo, a forma como Dr. Whitaker é guiado durante a morte de Mr. Milton (David Reivers) cria um senso de camaradagem e realismo, reforçando as complexidades do trabalho em um ER.
No entanto, o desenvolvimento de alguns personagens ainda é superficial. Dr. Santos (Isa Briones), por exemplo, continua marcada por sarcasmo e ambição, mas sua personalidade parece resumida a isso. Já Dr. Mohan (Supriya Ganesh), que teve um grande momento no episódio anterior, foi relegada ao comentário de que é “muito lenta” no trabalho.
Robby, por outro lado, é uma exceção. Interpretado brilhantemente por Noah Wyle, o personagem mistura compaixão com cansaço de forma sutil e eficaz. Embora o episódio não explore o trauma sobre a COVID-19 que ganhou menção anteriormente, Wyle consegue transmitir a profundidade de Robby em suas interações com os pacientes e seus colegas.
Realismo no formato em tempo real
O formato em tempo real de The Pitt continua sendo um dos maiores trunfos da série, capturando o fluxo constante de casos e emergências sem parecer forçado. Esse estilo permite que o espectador sinta a pressão do ambiente hospitalar, enquanto momentos como o debriefing após a morte de Mr. Milton oferecem respiros emocionais bem-vindos.
O que esperar daqui para frente em The Pitt
Com 15 episódios planejados para a temporada, ainda há muito tempo para aprofundar os personagens e explorar suas vidas fora do hospital. O ritmo mais contido deste capítulo foi necessário para equilibrar o desenvolvimento das tramas. Mas será interessante ver como a série continuará abordando o impacto pessoal e profissional das decisões tomadas no ER.
The Pitt continua a mostrar seu potencial como um drama médico intenso e emocionalmente envolvente, mas precisa dar mais espaço para que todo o elenco brilhe. Episódios futuros têm a oportunidade de corrigir isso, enquanto exploram as histórias ainda inexploradas de seus personagens.
Próximo episódio de The Pitt: toda quinta-feira, na Max.