One Piece: série da Netflix tem grande problema com elenco

A adaptação em live-action de “One Piece” pela Netflix, baseada no mangá de Eiichiro Oda, enfrenta um desafio significativo: o envelhecimento do elenco ao longo de seu ambicioso plano de 12 temporadas. Previsto para cobrir mais de 1.000 capítulos do mangá, o projeto apresenta um panorama extenso a ser adaptado, exigindo um comprometimento a longo prazo tanto da plataforma quanto dos atores.

A preocupação inicial recai sobre a política da Netflix de cancelar séries originais após poucas temporadas. Levantando dúvidas sobre a viabilidade de completar a visão integral de “One Piece“. Ainda que a obra tenha potencial para uma longa permanência na plataforma, dada sua grandeza, o problema mais premente é manter um elenco consistente ao longo de uma década ou mais.

Atualmente, os atores estão em idades apropriadas para seus personagens, mas com o passar dos anos, a diferença de idade se tornará mais evidente. Além disso, a tendência da Netflix em espaçar as temporadas pode intensificar esse descompasso. Embora a tecnologia de rejuvenescimento possa atenuar esse problema, a disparidade entre a idade real dos atores e a de seus personagens pode se tornar desconcertante.

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Outro ponto de interrogação é o comprometimento dos atores com o projeto a longo prazo. Em um cenário de 12 temporadas, a possibilidade de saídas do elenco antes da conclusão da série é real, especialmente considerando as oportunidades profissionais que podem surgir. Uma eventual substituição de atores principais poderia desestabilizar a continuidade da história.

Para contornar esses desafios, a adaptação pode se valer de estratégias narrativas. Como a expansão do salto temporal de dois anos já presente no anime, alinhando-o com o envelhecimento real dos atores. Além disso, o uso de tecnologia de de-envelhecimento, embora arriscado, oferece uma solução potencial para manter a coerência visual dos personagens.

Essas abordagens, se bem executadas, podem garantir que a adaptação de “One Piece” pela Netflix alcance seu potencial completo. Dessa forma, satisfazendo os fãs e respeitando a essência da obra original.

A série tem o potencial de se tornar uma das melhores adaptações de anime dos últimos tempos, mas enfrenta obstáculos significativos para realizar sua visão de 12 temporadas.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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