Origem | 4ª temporada e o que vem por aí

A série Origem (título original From) conquistou um espaço único entre os dramas sobrenaturais, com uma narrativa repleta de camadas, teorias intrigantes e simbologias profundas.

A produção do MGM+ combina elementos de suspense psicológico, horror e mitologia, envolvendo seus personagens em uma trama que questiona os limites entre o bem e o mal.

Na terceira temporada, muitas perguntas foram respondidas, mas novos mistérios surgiram, deixando o público ansioso para a próxima fase.

O eterno conflito do Bem e do Mal

A essência de Origem gira em torno do confronto clássico entre forças do bem e do mal. A série apresenta “O Garoto de Branco”, que aparenta ser uma entidade benevolente, talvez um anjo, e “O Homem de Amarelo”, um antagonista cujo olhar flamejante e aura ameaçadora remetem a uma figura demoníaca.

A temporada final revelou que esses dois personagens não apenas simbolizam opostos, mas desempenham papéis cruciais no destino de todos os habitantes da misteriosa cidade.

Enquanto “O Garoto de Branco” ajuda os protagonistas em sua luta por respostas, “O Homem de Amarelo” parece ser o arquiteto do caos, manipulando a realidade e punindo aqueles que ousam desafiá-lo. Sua influência ficou evidente na morte de Jim, cuja execução brutal foi uma retaliação direta contra Tabitha, que tentou escapar da cidade.

Monstros e pactos: uma origem sinistra

Uma das grandes revelações da temporada foi a verdadeira identidade dos monstros que aterrorizam a cidade. Segundo Fatima, essas criaturas eram humanos que, em um ato de desespero, fizeram um pacto com o diabo, sacrificando seus próprios filhos em troca de imortalidade.

Esse ciclo de sacrifício se mantém através dos tempos, com as crianças renascendo em diferentes épocas, apenas para serem vítimas novamente.

A transformação rápida e grotesca dos monstros foi exemplificada na cena em que um bebê monstruoso é retirado do ventre de Fatima e se desenvolve em questão de segundos, um momento que intensificou o horror e reforçou o poder do “Homem de Amarelo”.

Origem, reencarnação e destino

Outro ponto central da série é a teoria da reencarnação. Personagens como Tabitha e Jade são revelados como versões modernas de figuras de suas vidas passadas, e suas missões estão intrinsecamente ligadas a quebrar o ciclo de morte e sacrifício. Tabitha, em particular, foi identificada como Miranda, uma mulher que havia enfrentado esses mesmos desafios em uma era anterior.

A dinâmica entre o passado e o presente também conecta os demais habitantes da cidade, que, possivelmente, são reencarnações das crianças sacrificadas. Esse ciclo infinito sugere uma punição cósmica para aqueles que traíram seus próprios filhos em troca de poder.

O papel de Julie e a Árvore Distante

Julie, identificada como uma “viajante da história”, desempenha um papel crucial na narrativa ao revisitar momentos do passado e tentar alterá-los. Sua jornada pela série simboliza a luta para romper o ciclo de tragédia, e suas ações podem ser fundamentais para ajudar Tabitha e Jade a salvar as crianças e, talvez, escapar da cidade.

Outro elemento essencial é “A Árvore Distante”, um símbolo que representa a esperança das crianças sacrificadas. Acredita-se que essa árvore tenha sido criada a partir das raízes da esperança depositada por essas almas em seus últimos momentos.

Na temporada seguinte, é provável que a árvore desempenhe um papel vital, não apenas como um portal, mas como um elemento-chave para quebrar o ciclo.

Origem também insinua a existência de saltos temporais, com a cidade e seus elementos mudando de acordo com diferentes épocas. Essa manipulação do tempo não apenas adiciona profundidade à trama, mas também abre possibilidades para novas teorias. Como o tempo afeta os personagens e suas interações ainda é um mistério que, provavelmente, será explorado em temporadas futuras.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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