Os melhores episódios de séries de 2024

Toda boa série é feita de bons episódios. Por isso, elegemos os melhores episódios de séries de 2024. Qual o seu favorito?

melhores episódios de séries

Toda boa série é feita de bons episódios, e 2024 teve vários deles. Dos pequenos dramas aos épicos de aventura, o ano teve muitos capítulos para se orgulhar. Confira abaixo alguns dos melhores episódios de séries em ordem alfabética.

Bebê Rena, Episódio 4

Há um momento de fissura incontornável em Bebê Rena. Depois de apresentar os personagens e as situações em três capítulos, a minissérie de Richard Gadd encerra sua primeira metade com um episódio que muda toda a configuração da narrativa.

Poucas vezes na TV/streaming de grande alcance se falou tão abertamente – e de forma tão crua e sincera – sobre ab*so quanto neste brilhante capítulo de Bebê Rena. A prova definitiva do talento de Gadd enquanto roteirista e ator.

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Cem Anos de Solidão, Um Daguerreótipo de Deus

Em sua brilhante 1ª temporada, vários são os episódios de Cem Anos de Solidão que poderiam entrar nesta lista. Um Daguerreótipo de Deus se destaca por ser uma das melhores traduções do realismo fantástico de Gabriel García Marquez.

Aqui, o grande acerto é encarar o lirismo da narrativa com a mesma indiferença de Gabo. Seja a insônia sem fim, ou os ossos que se mexem em um saco, o surrealismo acontece com a mesma naturalidade de um cair de folhas ou um bater de asas. Em Macondo, o real e o mítico coexistem em perfeita harmonia.

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Disclaimer, IV

Disclaimer, de Alfonso Cuarón, é um quebra-cabeças que se monta pouco a pouco. Uma das maiores sacadas do roteirista e diretor é usar diferentes vozes para tecer uma narrativa de supostos fatos e aparências.

Neste desenrolar, Cuarón faz uma brincadeira quase metalinguística, num debate entre fato e ficção – e os pontos de vista que os compõem. O episódio IV é apenas um dos pontos mais fortes deste discurso.

Entrevista com o Vampiro, I Could Not Prevent It

Em uma série que já rodou o mundo, com locações e personagens internacionais, é curioso que um dos melhores episódios de Entrevista com o Vampiro seja aquele que se passa basicamente em um só local.

Em uma intensa sequência de julgamento, as narrativas se cruzam para culminar em um dos momentos mais impactantes e tristes do ano. Além disso, é a prova definitiva que Lestat é um fantástico personagem.

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House of the Dragon, The Red Dragon and the Gold

Em uma temporada de pouco avanço, The Red Dragon and the Gold é um vislumbre no que House of the Dragon poderia ser. É um capítulo que se aproxima dos melhores momentos de Game of Thrones justamente por nos mostrar que tudo está em jogo – e ninguém está a salvo.

É uma pequena que a 2ª temporada não se mantenha neste nível, mas este capítulo mostra que, quando quer, House of the Dragon pode alcançar níveis altíssimos de drama, ação e catarse.

Landman, Landman

Às vezes, o mais importante em uma história é o seu início. Em um tempo em que as séries abundam e o tempo é escasso, é preciso fisgar o espectador logo nos primeiros minutos. E Landman faz isso de modo brilhante.

No piloto escrito por Taylor Sheridan, somos apresentados ao protagonista e seu trabalho sem que sequer vejamos seu rosto. Em poucos minutos estamos imersos na situação e torcendo por um sujeito que, até então, não sabemos nada. Dali em diante, temos uma das séries mais viciantes de 2024.

O Simpatizante, Death Wish

2024 foi um ótimo ano para a experimentação de diretores. Steven Zaillian tem um dos trabalhos de direção mais precisos em Ripley, ao passo que Alfonso Cuarón brincou com abordagens visuais e narrativas diferentes para contar as várias versões de sua história em Disclaimer.

Em O Simpatizante, Park Chan-Wook, adepto às experimentações, brinca com sua câmera como se esta não tivesse regras ou limites. Sua narrativa caminha como se não existissem freios, e o visual acompanhas as invencionices de seu diretor. Isso pode ter afastados alguns, mas certamente entrou como um dos trabalhos mais curiosos e corajosos do ano.

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Pinguim, Cent’Anni

Pinguim é o reboot de Família Soprano que a HBO sempre quis, mas nunca pôde ter. Colin Farrell encarna a melhor versão de Tony Soprano em uma série que entende que as melhores áreas de um vilão são as cinzentas.

Em Cent’Anni, entretanto, quem rouba a cena não é o clássico antagonista do Batman, mas sim Sofia Falcone, brilhantemente interpretada por Cristin Milioti. Em Gotham, afinal, ser vilão às vezes é a única saída.

O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder, Doomed to Die

No desfecho da 2ª temporada de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder uma coisa fica evidente: quão mais perto da trilogia cinematográfica de Peter Jackson, melhor.

Ao assumir os visuais e as dinâmicas dos filmes, Anéis de Poder cresceu em técnica e narrativa. O resultado é um clímax épico, seguro de suas ambições e com total controle sobre os personagens e núcleos.

Shogun, The Eightfold Fence

Algumas séries só se tornam o que são depois de determinado episódio. Algumas já surgem prontas, como Lost, que se mostrou um fenômeno já no piloto. Outras demoram um tempo, como The Office, que pegou tração na 2ª ou 3ª temporada.

Shogun mostra todo o seu potencial em The Eightfold Fence, quarto episódio da 1ª temporada. É basicamente na sequência dos canhões que a série mostra a sua face e o público pode entender: realmente estamos presenciando algo único por aqui.

The Bear, Napkins

The Bear é especialista em criar episódios isolados que funcionam maravilhosamente bem. Em cada temporada há pelo menos um capítulo que se destaca do restante e pulsa como uma narrativa impecável do início ao fim.

Na irregular 3ª temporada, o representante é Napkins, ancorado na atuação irretocável de Liza Colón-Zayas. Em uma pausa nos dramas do novo restaurante, acompanhamos uma das melhores personagens da série em uma odisseia pessoal. Em suma, Napkins prova que The Bear é um gatilho de ansiedade, mas também um belo condutor de sensibilidade e compaixão.

X-Men ‘97, Remember It

X-Men ’97 é um sucesso porque entende a melhor parte de seus heróis. Ao focar na questão política e social dos mutantes, o reboot da série animada se aproxima da realidade enquanto acompanha seus personagens nas mais insanas aventuras.

Remember It funciona porque escancara os mutantes como são: pessoas simples em situações adversas, em um mundo que não os compreende.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.