Os segredos de Chicago Med que os fãs não sabiam

É impossível nos dias de hoje não olhar para as séries de TV no ar e não tropeçar com alguma produção de Dick Wolf. Principalmente, ao falarmos da franquia Chicago. Um dos maiores sucessos da TV, a franquia conta com três atrações, sendo uma delas Chicago Med.

O universo One Chicago consiste no original Chicago Fire, que conta a história de pessoas que trabalham na Estação 51 do Corpo de Bombeiros de Chicago. Junto dela, temos Chicago PD, que acompanha uma unidade policial.

E, então, Chicago Med, que acompanha a emergência do hospital que recebe muitos casos de ambas as suas séries irmãs.

As séries fortalecem os laços cruzados ao ter irmãos trabalhando em diferentes departamentos, e há até mesmo alguns flertes ocasionais entre personagens de séries diferentes.

Então, se você é fã de Chicago Med, pode pensar que já viu de tudo, mas há muitas curiosidades não contadas sobre essa série.

Tudo começou com um episódio de Chicago Fire

Os pilotos de fundo são uma maneira inteligente de testar o público para uma nova série, trabalhando os personagens em potencial e estabelecendo um universo dentro de outra série. E foi exatamente que isso aconteceu com Chicago Med.

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Os criadores da série plantaram as sementes do drama médico no episódio de 2015 de Chicago Fire, “I Am the Apocalypse”. Este episódio mostra uma mistura de personagens da Franquia Chicago, tanto do corpo de bombeiros quanto de policiais de Chicago PD, colocados em quarentena no Gaffney Chicago Medical Center.

Tudo isso, depois que um paciente declarou que era portador de uma doença mortal transmitida pelo ar. Ao mesmo tempo, uma situação elétrica acontecendo dentro do hospital requer a atenção de alguns membros da equipe de Chicago Fire.

O episódio ajudou a estabelecer o próprio ambiente hospitalar, e os telespectadores puderam traçar algumas linhas entre os personagens, como a conexão entre Will Halstead e seu irmão de Chicago PD, Jay Halstead.

Atriz foi substituída

Nem tudo foi tranquilo nos meses entre o piloto de fundo em Chicago Fire e a estreia de Chicago Med. O elenco foi originalmente concebido para ter menos personagens. A ideia era focar mais de perto nas estrelas da série.

Especificamente, o drama giraria em torno da personagem de Laurie Holden, famosa por seu papel em The Walking Dead, e Nick Gehlfuss, cujo personagem tinha o benefício de ser irmão de Jay, um favorito dos fãs de Chicago PD.

Infelizmente, isso acabou não acontecendo. Enquanto Gehlfuss estava pronto para se comprometer com as demandas das filmagens, Laurie Holden não estava. Chicago Med, como suas séries irmãs, grava seus episódios em Chicago. O que significa que as estrelas precisam, pelo menos temporariamente, se mudar para a cidade.

A Entertainment Weekly relatou que Holden não queria ter que deixar toda a sua família, nem era fã de viver longe deles por grandes períodos do ano.

“Sou muito grata a Dick Wolf, meus colegas de elenco, a NBC e toda a equipe de ‘Chicago Med‘ por sua compreensão”, disse Holden em um comunicado divulgado (via Deadline). “Às vezes temos que fazer escolhas difíceis e, por motivos familiares, não fazer ‘Chicago Med‘ é uma delas para mim neste momento. Sei que o programa será um grande sucesso e estarei assistindo.”

Nem tudo estava perdido, no entanto. Após sua saída, Chicago Med optou por substituí-la não por uma atriz diferente, mas por três personagens femininas adicionais.

Essas personagens eram uma médica pediátrica, Natalie Manning (Torrey DeVitto), uma enfermeira chefe Maggie Lockwood (Marylene Barrett) e uma residente do primeiro ano, Sarah Reese (Rachel DiPillo).

Os títulos dos episódios escondem um padrão estranho

Se você já olhou para a lista dos títulos dos episódios de qualquer temporada de Chicago Med, pode não ter percebido. No entanto, se você reservar um tempo para analisar a lista de todos os títulos de episódios de todas as temporadas em ordem sequencial, provavelmente verá. Os escritores parecem ter um esquema de nomenclatura oculto que muitos fãs não perceberam.

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Cada episódio da 1ª temporada, portanto, tem um nome de uma palavra. Bem como cada episódio da 2ª temporada tem um nome de duas palavras e assim por diante. Na 8ª temporada, dessa forma, temos títulos como “(Pego entre) a bola de demolição e a borboleta” ou “vencendo a batalha, mas ainda perdendo a guerra“.

Os showrunners Diane Frolov e Andrew Schneider não comentaram sobre esse ponto, mas parece digno de nota que esse padrão é específico de Chicago Med. Nem Chicago Fire nem Chicago PD têm qualquer padrão discernível nos títulos de seus episódios.

Chicago Med enfrentou um grande desafio relacionado à pandemia

Quando a pandemia atingiu o mundo, a maior parte das filmagens foi interrompida e, quando retomada, os showrunners tiveram uma decisão a tomar. Eles iriam oferecer algum escapismo puro, ignorando completamente as realidades de um mundo pandêmico, ou iriam deixar a série espelhar a realidade?

A equipe de Chicago Med decidiu por este último. A 6ª temporada, que a equipe gravou em 2020, apesar de várias pausas na produção devido ao elenco testar positivo (via ET), mostrou a equipe do Gaffney tendo que lidar com o isolamento de suas famílias para manter seus entes queridos seguros.

Além disso, tiveram que se conectar com os pacientes usando máscaras, e o desgosto de perder pacientes para o vírus.

Além de apenas alterar o tom emocional da série, os roteiristas optaram por se concentrar em interrupções factuais no atendimento ao paciente do lado administrativo.

No episódio 2 da 6ª temporada, dois médicos são mostrados discutindo sobre qual paciente seria o único a obter o corante de contraste necessário para a cirurgia. Simplesmente não havia o suficiente para ambos os pacientes. O que significava que um médico tinha que improvisar com um risco muito maior para o paciente.

A série também escolheu destacar as realidades do que a educação pandêmica fez aos alunos de medicina. Um residente tem problemas para concluir um procedimento básico porque perdeu completamente a parte da faculdade de medicina. Em vez disso, ele foi ensinado a fazer isso virtualmente sem ter realmente tocado um paciente no processo.

Mudanças de elenco são comuns

Chegar a várias temporadas é impressionante para qualquer série, mas Dick Wolf e a equipe por trás das séries “One Chicago” definitivamente sabem o que estão fazendo. Isso inclui ocasionalmente tomar algumas decisões que a base de fãs pode questionar ou simplesmente não esperar.

A 7ª temporada, em particular, foi uma era de mudança em Chicago Med. A série perdeu dois membros regulares da série, incluindo a Dra. Natalie Manning, que era metade da dupla romântica mais popular da história.

E a enfermeira April Sexton, cujo crescimento e desenvolvimento de personagem foram componentes cruciais para o desenvolvimento da série. Dois novos personagens chegaram para preencher seus lugares – a Dra. Stevie Hammer de Kristen Hager e o Dr. Dylan Scott de Guy Lockard.

Mais tarde, a 8ª temporada trouxe ainda mais mudanças para Gaffney. Relativos recém-chegados Dr. Scott e Dr. Blake (Sarah Rafferty) deixaram o hospital.

A vida pode imitar a arte da pior maneira

Infelizmente, uma atriz de Chicago Med teve que suportar um desenvolvimento de vida semelhante ao que sua personagem teve que passar na série. Marlyne Barrett, que interpretou a enfermeira responsável Maggie Lockwood na série desde a primeira temporada, falou sobre sua batalha contra o câncer em setembro de 2022 (via CNN).

Barrett disse à People que ela tem um “tumor do tamanho de uma bola de futebol no útero e no ovário esquerdo” e está passando por um regime de quimioterapia agressivo. Além da quimioterapia, ela passou por uma histerectomia.

A personagem de Barrett na série, no entanto, teve câncer de mama e um enredo emocional no qual ela sofria silenciosamente antes de confiar em seus colegas de trabalho. Enquanto Barrett se vê como uma pessoa muito reservada, ela diz que sentiu que tinha a responsabilidade de compartilhar sua jornada de câncer com o mundo.

Ela e seu marido Gavin Barrett têm gêmeos juntos. Barrett disse à People que ela raspou a própria cabeça na frente dos filhos para poder tirar o poder que a quimioterapia tinha sobre ela.

O fracasso de uma série levou Oliver Platt a se juntar ao elenco

Oliver Platt acumulou muitos elogios ao longo de suas décadas em Hollywood. Ele ganhou Emmys, foi indicado ao Tony Award e geralmente parece ter um talento especial para escolher projetos. Além de suas inúmeras aparições no cinema e no palco, ele teve papéis notáveis em programas como Nip/Tuck, The Good Wife e The West Wing.

Claro, eles não poderiam ser todos hits. Em 2000, Platt estrelou um drama de redação que se chamava Deadline, e que foi ao ar apenas por treze episódios antes de ser cancelada. Como isso se relaciona com Chicago Med? Bem, Deadline foi criada e produzida por ninguém menos que Dick Wolf.

Embora a série em si possa não ter resistido ao teste do tempo, ela fez duas coisas significativas. Deu início à amizade duradoura de Platt com Dick Wolf. E ainda, incutiu em Platt o amor pela atuação na televisão, como ele explicou ao Outsider.

Ambas as coisas convergiram lindamente quando Wolf abordou Platt para estrelar um de seus novos programas, um drama médico.

“Quando o Sr. Wolf ligou”, disse Platt ao The Hollywood Reporter, “eu atendi o telefone. Fiquei muito emocionado ao receber aquela ligação.” Isso resultou com ele pegando o papel do Dr. Daniel Charles em Chicago Med.

Anderson Narciso

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014.Autor na internet desde 2011, passou pelos portais TeleSéries e Box de Séries.Fã de carteirinha de Friends, ER e One Tree Hill, é aficionado pelo mundo dos seriados. Também é fã de procedurais, sabendo tudo sobre o universo das séries Chicago, Grey's Anatomy, entre outras.

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