Pantanal: do coração do Brasil para os estúdios da Globo

Pantanal retorna a Globo e resgata essência de um local que muitos dos brasileiros não conhecem; Veja como será a produção.

Pantanal

“Um set a céu aberto”, foi assim que Miriam Saback, a Mirica, Diretora de Arte da nova novela da Rede Globo, definiu a região do Pantanal.

Os desafios bem como dificuldades que as equipes de figurino e direção de arte enfrentaram, revelam detalhes que só uma produção como a próxima novela das 21h poderia oferecer.

Aqui, a natureza é a verdadeira protagonista. E é ela quem conduz os personagens. Marri Sales, Diretora de Figurino, afirma: “Nesse trabalho você precisar ter amor pela natureza e pelo local. Com o objetivo de levar o pantanal para dentro dos estúdios. Facilitando assim a caracterização dos atores.”

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Imagem: Divulgação.

O cenário perfeito

Uma visita à fazenda de Almir Sater foi essencial para a definição dos locais de gravação de Pantanal. O autor Bruno Luperi, o diretor artístico Rogério Gomes, o cenógrafo Alexandre Gomes de Souza e a gerente de produção Luciana Monteiro estiveram no Pantanal ainda em 2020, após o anúncio da nova versão da novela original de Benedito Ruy Barbosa, para buscar os locais mais bonitos – e viáveis – para esta produção.

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Almir Sater, que deu vida ao peão Trindade na novela de Benedito, agora interpreta o chalaneiro Eugênio no texto de Bruno. O cantor e ator comprou as terras que possui hoje no Pantanal 30 anos atrás, logo que as gravações da versão anterior terminaram.

Ao todo seis fazendas, e cerca de 150 pessoas contribuíram para as gravações da novela no Mato Grosso do Sul.

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Imagem: Divulgação.

A importância da arte para a história

A produção de arte de uma novela pode ser comparada ao trabalho de uma orquestra. Dessa forma, se há um projeto amplo a ser admirado, são os detalhes que enriquecem o caminho e fazem do resultado algo tão especial.

Mirica, aliás, destacou que muitos objetos essenciais para os personagens foram produzidos pela equipe, como o tear de Dira Paes, bem como dois violões, e até mesmo as guaiacas para os cavalos em cena.

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Irandhir Santos lembrou da sela de prata do seu personagem. “Eu fiquei encantado pela sela. Encontrar com aquele objeto todos os dias era mágico. Uma cena específica fica impregnada na memória do público onde a sela tem papel essencial.”

Mirica também lembra que a produção adquiriu algumas coisas através dos povos locais. “Comprei a louça toda do povo Terena, produzida por indígenas da região… Quando entramos em contato com eles, então, tivemos ainda a oportunidade de conversar com o pajé e tirar algumas dúvidas sobre como são tratadas pessoas que sofrem picadas de cobra ou são atacadas por animais, pois precisaremos ter em algumas cenas o que seria usado em casos como esses, já que o Velho do Rio em determinado momento irá ajudar uma pessoa, e explicará que aprendeu o ritual com indígenas.”

Juliana Paes, além disso, citou um momento marcante para ela sobre o trabalho da produção de arte. “Estávamos saindo da chalana e a Mirica falou ‘ah, mas aquele paninho que estava sujo dentro da chalana eu queria ter visto melhor’, é sobre observar o tempo todo”, relembra a atriz.

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Imagem: Divulgação.

Personagens marcantes na 1ª fase

Logo, falar de Pantanal é lembrar personagens e atores que fazem parte da história da teledramaturgia nacional, como Maria Marruá e José Leôncio. Essa responsabilidade e privilégio em fazer parte desta nova versão, aliás, permeou as falas dos atores da 1ª fase. Irandhir Santos, por exemplo, declara que “Juventino é o homem um passo antes da entidade”, ao falar sobre a evolução do personagem na trama.

Além disso, Enrique Diaz, que participou da primeira versão da novela, agora interpreta o pai do seu personagem anterior, Gil Marruá. Para ele, então, Gil é uma alegoria dos povos originários, que tem na terra a sua identidade. “Ele sente que não cabe no mundo após perder tudo. É como se o seu senso de justiça não tivesse espaço em uma realidade onde o ‘certo’ não tem lugar.”

Juliana Paes, que interpreta a esposa do personagem de Enrique Diaz, a icônica Maria Marruá, uma mulher forjada pelo sofrimento, se identifica com a personagem através da “necessidade de continuar.” Algo que ela, inclusive, relacionou com o que o mundo passou na pandemia.

Já Osmar Prado ficou emocionado com o convite para interpretar o lendário Velho do Rio. “Com o Velho do Rio mostramos que a coisa mais importante é a simplicidade em um mundo como esse que estamos vivendo.” A maneira de expressar os sentimentos também marcou o ator, “a emoção do Velho do Rio é controlada, quanto menos lágrima melhor”, revelando o jeito rústico do personagem.

Vem aí uma novela que vai marcar época. E então, vocês estão ansiosos? Nós estamos!

Pantanal estreia na Globo no dia 28 de março, depois do Jornal Nacional.

Sobre o autor
Letícia Bastos

Letícia Bastos

Publicitária, social media, mangaká e dançarina em protestos. Também sou apaixonada por séries e admito que novelas são meu Guilty Pleasure. Apaixonada por comédias cult/pop/nerd, ainda pretendo fundar uma seita para os Adoradores de Arrested Development. Aqui no Mix sou editora de Realitys Show e escrevo as reviews de todos os realitys do mundo, como Masterchef BR, The X Factor UK e BR, The Voice US, AUS e BR, BBB e RuPauls Drag Race.

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