May you staaaaay, forever young! E começou o fim do melhor drama familiar que eu tive o prazer de conhecer… [Pausa para secar as lágrimas do teclado] Para a tristeza geral de uma nação pequena demais para uma série tão boa, essa é a temporada final de Parenthood e acho bom começarmos a estocar os lenços. Vale lembrar que a NBC renovou a série a muito custo, com um acordo de apenas 13 episódios e uma redução no número de personagens que aparecerão em uma mesma cena. Ou seja, sem reuniões da famÃlia Braverman nessa temporada. Será uma pena se esse acordo for mesmo concretizado, porque o relacionamento do conjunto é a essência da série e ficar revezando durante toda a temporada não terá o apelo de relação familiar que a série pretende. Ao menos ela garantiu a chance de ser encerrada dignamente, acertando cada ponto que ficaria pendente caso a renovação não acontecesse.
Um desses pontos e provavelmente o principal responsável pelo desespero do público com a possibilidade de cancelamento foi Julia e Joel. No episódio final da temporada passada, a situação do casal ficou subentendida. Ao mesmo tempo que parecia amenizada a crise com a qual passaram a maior parte dos episódios, a ausência de Joel na reunião da famÃlia colocava em dúvida a reconciliação. E como temÃamos, eles permanecem separados. Diferente da temporada anterior, dessa vez quem parece mais conformada com a separação é Julia, que até já se arranjou com um advogado bonitão e – ao meu ver – absurdamente chato, o qual eu torço para que não demore a desaparecer. Achei que depois do drama todo pelo qual o casal passou na quinta temporada, nessa eles teriam uma folga, mas me enganei. A investida de Joel até reacendeu minhas esperanças, mas com o recuo de Julia e o imediato arrependimento dele, seguido pela proposta do advogado em elevar seu caso com Julia para outro nÃvel, acho que vai custar muito para esse relacionamento voltar aos trilhos. Se é que vai.
Já para Adam e Kristina, os problemas se apresentaram mais leves e rapidamente solucionados. A construção da escola foi finalmente concluÃda, com um único porém: Max decidiu se recusar a frequentá-la. Mas nada que um pouco de chantagem emocional não resolvesse. Claramente essa é – e provavelmente continuará sendo – a famÃlia mais equilibrada da série. Acho que ela já cumpriu sua cota de drama com o câncer de Kristina e desde então tem sido poupada de maiores sofrimentos.
Amber, por sua vez, não contou com a mesma consideração. Mesmo depois de tudo que já passou desde o inÃcio da série, parece que vai protagonizar o plot mais sofrido da temporada final. Não sei se introduzir uma gravidez a essa altura da série foi a decisão mais acertada. Afinal, são apenas 13 episódios para desenvolverem todo o drama que a situação envolve e depois de estabelecidas as complicações pertinentes a ele, ainda terão que trabalhar em uma resolução digna de fim de série. Isso enquanto ainda tem outras 50 tramas paralelas a serem trabalhadas. Se ela optar por manter o bebê, o que eu entendi que ela vai, a série terá que ir contra os seus instintos e economizar no drama.
Considerando o acontecido no episódio, tudo nos leva a crer que, se verdadeiros os rumores de que haverá uma morte na série, será a de Zeek. Mas nada foi confirmado em relação a isso, então esperemos. Já a famÃlia Crosby recebeu atenção quase nula nessa estreia, mas as estatÃsticas apontam que é a vez do casal Crosby e Jasmine adicionarem alguns pontos em seu placar de crises, já que estão com certa desvantagem em relação aos demais. Sarah e Hank não me convenceram muito, mas acho que os problemas deles virão mais em decorrência da filha e da ex-mulher de Hank do que necessariamente do casal. Sarah já sofreu mais nessa área do que deveria, então por mais preguiça que tenhamos do Hank, que os deixem em paz. Gostei que resgataram a Haddie, mas a temporada será curta demais para focarem nela ou em Drew.
Enfim, ao que parece, o que tem para ser desenvolvido nesses 13 episódios é o que foi especificado acima e confio na capacidade da série de fazer isso da melhor maneira possÃvel. O episódio em si foi um tanto morno para os padrões de Parenthood, mas a preview do próximo indica que a coisa vai esquentar consideravelmente. Essa é uma das poucas situações em que eu realmente torço por um “felizes para sempre” digno da novela das nove menos criativa que conseguirem pensar, mas ao menos um final diferente para não parecer forçado parece inevitável. Então só nos resta aguardar e nos preparar emocionalmente para o que a série nos reserva e sofrer antecipadamente com o seu fim.