Percy Jackson e os Olimpianos tem saldo negativo após final

Fãs da franquia e dos livros estão detonando a série Percy Jackson e os Olimpianos após exibição do final no Disney+.

Percy Jackson e os Olimpianos
Imagem: Divulgação.

A estreia da série “Percy Jackson e os Olimpianos” ao Disney+ gerou muita ansiedade e esperança nos fãs da saga literária de Rick Riordan. No entanto, após a exibição dos primeiros episódios e, especialmente, após o final da primeira temporada, que chegou nesta quarta, 31 de janeiro, o saldo parece ser majoritariamente negativo entre os admiradores dos livros. Até o momento, o Disney+ não anunciou a renovação da série, deixando o futuro da adaptação incerto.

Muitos fãs descrevem a série como uma experiência “plástica, confusa e monótona”. Além disso, apontaram que o maior vilão da adaptação parece ser o roteiro.

Ao tentar adotar um tom mais adulto e profundo, a produção acaba pecando pela superficialidade. Perdendo o deboche e a leveza fantástica tão característicos dos livros. As interações e os diálogos entre os personagens principais, especialmente, são criticados por sua falta de naturalidade e excesso de análise. Desviando-se do espírito juvenil bem como aventureiro da narrativa original.

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Além dos problemas no roteiro, a caracterização dos personagens também deixou a desejar. Percy é descrito como “uma ameba com estrelismo“, enquanto Annabeth é vista como arrogante e Grover perde suas nuances, incluindo os aspectos ambientalistas tão presentes nos livros.

Elementos icônicos da mitologia e da trama ganharam alteração ou ganharam péssima representação. Entre eles, a maneira como a Medusa é retratada e a dinâmica entre os deuses e os heróis. As cenas de ação, um dos pilares da série literária, são vistas como “chatas” e “sem emoção”, comprometendo o ritmo e o engajamento na história.

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Igualmente, os fãs estão expressando suas frustrações nas redes sociais não apenas com as mudanças na trama e nos personagens, mas também com a falta de fidelidade à essência da obra de Riordan.

A série, ao invés de capturar o espírito vibrante e aventureiro de “Percy Jackson”, parece se perder em tentativas de ser algo que não é, alienando parte de seu público-alvo.

Percy Jackson e os Olimpianos série
Imagem: Divulgação.

A expectativa de uma adaptação que fizesse justiça ao material original se transformou em desilusão. Com muitos se voltando agora para outras adaptações, como “Avatar: O Último Mestre do Ar” na Netflix, na esperança de encontrar ali o respeito pela obra fonte que “Percy Jackson e os Olimpianos” não conseguiu entregar.

Em suma, a tentativa do Disney+ de trazer “Percy Jackson e os Olimpianos” para as telas novamente não atendeu às expectativas de uma grande parte dos fãs dos livros. Principalmente após o final da primeira temporada. A série, ao invés de reparar os erros das adaptações cinematográficas anteriores, parece ter introduzido novos problemas. Distanciando-se ainda mais do coração da obra de Riordan.

Resta aos fãs, portanto, a esperança de que futuras adaptações possam capturar melhor a magia e a aventura que fizeram de “Percy Jackson” um fenômeno literário.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.