Por que fãs passaram a odiar a série mais amada do Prime Vídeo?

The Boys é um sucesso desde quando estreou no Prime Vídeo. Só que agora, depois da quarta temporada, muitos passaram a odiar a série.

The Boys 4 temporada
Imagem: Divulgação.

É indiscutível que, desde que estreou no Prime Vídeo, “The Boys” foi um dos títulos mais amados da plataforma. Ao mostrar uma espécie de sátira ao mundo dos heróis, o drama conquistou um público gigantesco, que a conduziu até a sua mais recente quarta temporada que terminou em 18 de julho. Só que, após o final, muitos fãs passaram a atacar a atração, chamando essa de “a temporada mais fraca até aqui”.

Mas afinal, porque os fãs passaram a odiar a série mais amada do Prime Vídeo?

As críticas para a 4ª temporada de “The Boys”

The Boys 4 temporada
Imagem: Divulgação.

Um dos principais pontos de crítica da quarta temporada foi o excesso de episódios considerados “filler”. Dos oito episódios, apenas quatro foram realmente cruciais para o desenvolvimento da trama principal. Histórias paralelas, como a do pai doente de Hughie e os conflitos amorosos de Frenchie e Kimiko, foram vistas como repetições de temas já abordados em temporadas anteriores, sem adicionar profundidade significativa à narrativa ou aos personagens. Isso resultou em uma sensação de que o enredo estava se arrastando sem necessidade.

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Outro problema levantado por críticos foi a relutância dos roteiristas em eliminar personagens importantes. A falta de risco real reduziu a tensão e o suspense que antes definiam “The Boys”. Mesmo quando personagens como A-Train traem seus aliados, eles sobrevivem sem grandes consequências. A morte de Victoria Neuman, um dos poucos eventos significativos da temporada, pareceu mais um ajuste de roteiro do que uma progressão natural da história.

Além disso, os novos personagens introduzidos na quarta temporada, como Firecracker e Sister Sage, não conseguiram capturar a mesma intensidade ou carisma dos vilões anteriores, como Stormfront e Soldier Boy. Firecracker, subordinada de Homelander, e Sister Sage, com seu poder de regeneração cerebral, não conseguiram apresentar desafios reais aos protagonistas. A falta de desenvolvimento e profundidade desses novos personagens deixou os fãs desapontados, contribuindo para a percepção de que a temporada careceu do impacto esperado.

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Por fim, a tentativa de preencher o vazio narrativo com episódios chocantes foi outro ponto de discórdia. Embora a série seja conhecida por suas cenas grotescas e violentas, nesta temporada, tais momentos pareceram forçados e sem justificativa clara no enredo.

Antes, tais cenas aumentavam a tensão do publico porque elas mostravam que, na verdade, os heróis eram assustadores. Só que, na nova temporada, tais cenas viraram uma “distração”, ao invés de parte importante da história. Diante disso, muitos dos fãs que passaram a reclamar esperam que a quinta temporada, que também será a última retorna às raízes. E com isso, traga de volta a intensidade e a coesão que fizeram de “The Boys” a série mais amada do Prime Vídeo.

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Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.