Review: Loki 2×03 apresenta Victor Timely, a nova face de Kang
Vilão da nova saga do MCU tem história de origem contada no episódio 3 da 2ª temporada de Loki. Novos episódios às quintas-feiras no Disney Plus.
O episódio 3 da segunda temporada de Loki, intitulado “1893“, apresenta Victor Timely (Jonathan Majors), a mais nova variante de Kang, O Conquistador, de forma ousada e fascinante. Além disso, ele traz de volta Ravonna (Gugu Mbatha-Raw) e Ms. Minutes (Tara Strong) em uma parceria inesperada e encantadora.
No episódio, Loki (Tom Hiddleston) e Mobius (Owen Wilson) viajam até 1893 para encontrar Ravonna e, assim, localizar Ms. Minutes para poder salvar a TVA. No entanto, durante a missão, a dupla acaba encontrando Victor Timely, uma variante de Aquele Que Permanece.
Victor Timely, a mais nova variante de Kang
Kang tem sido apresentado como a mais nova grande ameaça do UCM (Universo Cinematográfico Marvel). No entanto, ao contrário de Thanos, o personagem tem sido retratado como diversas variantes do mesmo ser. Isso torna a tarefa de Jonathan Majors notavelmente ousada, uma vez que ele precisa oferecer diferentes interpretações para o mesmo personagem.
Porém, o ator desempenha essa missão com maestria. Sua interpretação de Victor Timely se diferencia significativamente de seu trabalho como Aquele Que Permanece na primeira temporada e de seu papel como Kang em “Homem-Formiga e Vespa: Quantumania“.
A ideia de tornar Victor um rapaz gago, trapaceiro e genial acabou superando as expectativas, muito disso devido ao trabalho de Jonathan. Seu monólogo ao aparecer no episódio é intrigante e fascinante. Outro ponto de destaque é a utilização do Paradoxo de Bootstrap para conduzir a criação desse possível vilão, com ele descobrindo sobre viagem no tempo graças ao seu eu do futuro.
Ravonna e Ms. Minutes
Se eu pudesse descrever Loki em uma palavra, seria “propósito”, pois é a busca por um propósito que permeia a jornada da maioria dos personagens. E Ravonna e Ms. Minutes não fogem desse padrão. As personagens retornam neste episódio em busca de um novo mestre para satisfazer suas necessidades de um propósito interior. A parceria da dupla funciona muito bem e resulta em diversos momentos cômicos.
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O retorno de Ravonna ocorre de forma inesperada. A personagem, que na primeira temporada parecia uma espécie de anti-heroína, agora surge como uma antagonista mais clara. Sem a TVA, Ravonna busca Victor para ser seu braço direito na “reconstrução do mundo”. Ela compartilha momentos “românticos” com o cientista, insinuando um possível interesse afetivo, que, na verdade, era apenas uma forma de controle.
Mas quem realmente chama a atenção é Ms. Minutes, a Inteligência Artificial que inicialmente parecia ser apenas um alívio cômico na série. Neste episódio, ela recebe seu próprio desenvolvimento ao revelar seu amor por Kang e até demonstrar ciúmes da relação de Victor com Ravonna.
O momento do surto de Ms. Minutes é ao mesmo tempo engraçado e assustador, e o trabalho de Tara Strong dublando a personagem é impecável, já que ela consegue transmitir diversas emoções, como tristeza, raiva, ciúmes e paixão, apenas com sua voz.
Mais perguntas, menos respostas
Este episódio, especialmente o seu final, nos deixa com ainda mais dúvidas do que tínhamos no início da série, fornecendo pouquíssimas respostas sobre os dilemas apresentados. Com a segunda temporada de Loki contendo seis episódios, chegamos à metade da temporada e quase nenhuma das perguntas levantadas pela série foi respondida.
Embora Loki seja uma série de alta qualidade, possivelmente a melhor do UCM, há o risco de a série seguir o exemplo de Lost e terminar com várias perguntas em aberto. Isso acontece porque, embora o mistério nos mantenha cativados, são as respostas coerentes que nos deixam satisfeitos com a obra.
A segunda temporada de Loki tem novos episódios às quintas-feiras no Disney Plus.