Round 6 2ª temporada é melhor que a 1ª? Vale a pena assistir?

Round 6 lançou a 2ª temporada e muitos querem saber: afinal, os novos episódios são melhores que os anteriores? Eis a resposta definitiva.

Round 6 séries 2025
Imagem: Divulgação.

Desde sua estreia em 2021, Round 6 (Squid Game) se consolidou como um dos maiores sucessos da Netflix, quebrando recordes, conquistando aclamação da crítica e gerando tendências culturais.

A série rapidamente se tornou um fenômeno global, e o final da primeira temporada deixou claro que a história tinha potencial para continuar. Agora, com todos os episódios da segunda temporada disponíveis, começam as inevitáveis comparações entre as duas fases da produção.

Evolução da História e Estrutura Narrativa

A primeira temporada de Round 6 foi concebida como uma história fechada, com início, meio e fim bem definidos. Embora o arco de Seong Gi-hun (Lee Jung-jae) tenha deixado um gancho intrigante sobre sua decisão de enfrentar os organizadores dos jogos, havia uma sensação de conclusão satisfatória.

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Em contrapartida, a segunda temporada foi pensada como a primeira metade de um enredo mais amplo, cuja conclusão só será revelada na já confirmada terceira temporada.

Essa abordagem faz com que a segunda temporada pareça incompleta, especialmente porque apresenta apenas três jogos, em comparação aos seis da primeira temporada. O encerramento abrupto, com a rebelião fracassada de Gi-hun contra os guardas, deixa muitas perguntas no ar, reforçando que esta é uma história em andamento.

O Foco nos Personagens Estabelecidos

Uma das mudanças mais notáveis na segunda temporada é o aprofundamento dos personagens que retornam da primeira. Gi-hun continua como o protagonista, mas o foco também recai sobre o Vendedor (Gong Yoo), cuja história é explorada em maior detalhe, e sobre o Front Man (Lee Byung-hun), que assume o papel de principal antagonista.

Além disso, Jun-ho (Wi Ha-joon), irmão do Front Man, ganha mais relevância ao se aliar a Gi-hun na tentativa de derrubar os jogos.

Essa decisão narrativa oferece uma sensação de continuidade, mas também modifica o tom da série. Enquanto a primeira temporada explorava a dinâmica de um elenco quase inteiramente novo dentro dos jogos mortais, a segunda mescla rostos familiares com novos personagens, criando uma atmosfera diferente.

Menos Jogos, Mais Ação

A redução no número de jogos não significa menos intensidade. A segunda temporada é mais voltada para a ação, com cenas como a batalha no banheiro e a rebelião armada dos jogadores contra os guardas. O episódio final, em particular, assume um ritmo frenético, lembrando mais um filme de ação do que os episódios típicos da série.

Mesmo assim, os jogos permanecem centrais para a narrativa. Entre os desafios apresentados, o jogo Red Light, Green Light retorna, enquanto novos como o pentatlo de seis pernas e Mingle são introduzidos.

A sequência pós-créditos insinua ainda mais desafios na próxima temporada, incluindo a presença de uma nova boneca gigante masculina no estilo da icônica boneca feminina da primeira temporada.

Crítica e Comparação

Embora a segunda temporada expanda o universo de Round 6, ela não consegue alcançar o mesmo impacto da temporada inicial. A novidade e o choque que tornaram a primeira temporada tão marcante são difíceis de replicar. Além disso, algumas reviravoltas da segunda temporada, como a revelação de que o Front Man é o jogador 001, acabam parecendo menos surpreendentes do que os twists anteriores.

A primeira temporada estabeleceu um padrão altíssimo, com uma narrativa completa e arrebatadora. Já a segunda, mesmo sendo um sólido capítulo na história geral, depende da conclusão prometida na terceira temporada para ser completamente avaliada. Por enquanto, a temporada inaugural mantém seu status como a melhor fase da série.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.