Sintonia: 5ª temporada traz final da série agridoce mas necessário
Crítica sem spoilers de Sintonia 5ª temporada: final da série foi agridoce mas ao mesmo tempo necessário.
Fim de uma era. Depois de cinco temporadas acompanhando Nando, Rita e Doni pelas ruas da quebrada, Sintonia chega ao fim na Netflix com um desfecho que mistura emoção, tensão e aquela sensação de que a vida nem sempre fecha as pontas soltas do jeito que a gente gostaria.
Se teve algo que essa série fez bem foi mostrar a realidade nua e crua, sem romantizar, mas também sem perder a essência da esperança e da resiliência.
E na última temporada, não foi diferente: os três protagonistas encaram desafios gigantescos, decisões difíceis e um ponto de virada que muda tudo.
Os últimos passos de Nando, Rita e Doni
Desde o começo, Nando (Christian Malheiros) foi um dos personagens mais complexos da série, sempre tentando equilibrar o crime, a família e a busca por redenção. Mas a verdade é que, nesse mundo, não dá pra ter tudo. Na temporada final, ele paga o preço por suas escolhas, e Malheiros entrega uma atuação absurda, carregada de peso emocional.
Já Rita (Bruna Mascarenhas) finalmente realiza o sonho de ser advogada, mas descobre que a justiça tem muito mais a ver com privilégio do que com certo ou errado. E agora, será que ela consegue manter seus valores intactos ou vai precisar se adaptar ao jogo? Bruna brilha mais uma vez, trazendo toda a força e a vulnerabilidade que sempre fizeram de Rita uma personagem tão marcante.
E Doni (Jottapê)? O cara que sempre sonhou com o estrelato agora entende que o sucesso tem seu lado sujo. Entre contratos, expectativas e dilemas, ele precisa decidir se vale a pena continuar no corre ou se o preço a pagar é alto demais. A jornada dele fecha um ciclo importante, mostrando que crescer não é só sobre conquistar, mas também sobre saber o que deixar para trás.
Uma despedida que poderia ter sido mais polida em Sintonia
Se tem uma coisa que essa última temporada acerta é no impacto emocional. Mas isso não significa que tudo tenha sido perfeito. Algumas tramas foram corridas demais, outras ficaram sobrando, e certos conflitos poderiam ter sido melhor desenvolvidos.
Ainda assim, Sintonia segue fazendo o que sempre fez de melhor: traduzir a realidade das periferias com verdade e respeito. A trilha sonora segue sendo um dos maiores acertos, o funk continua pulsando como identidade da série, e a fotografia entrega aquela mistura de caos e beleza que sempre marcou a produção.
O adeus que a série precisava dar
No fim das contas, Sintonia termina do jeito certo: sem enrolação, sem finais forçados e sem fugir das consequências. Cada personagem lida com o resultado das suas escolhas, e isso dá um peso ainda maior à despedida.
É um adeus que dói, principalmente pra quem acompanhou desde o começo e se viu em cada um desses personagens. Mas também é um adeus necessário.
A série encerra sua jornada sem se perder no exagero, deixando uma marca gigante na cultura pop brasileira. E uma coisa é certa: a história de Sintonia pode ter acabado, mas a mensagem que ela passou vai ecoar por muito tempo.
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