Stranger Things: ideia original da série não tinha anos 1980 e era bizarra

Se existe alguma série que exala sinônimo de sucesso na Netflix, essa série sem dúvidas é Stranger Things.

Stranger Things é uma série de ficção científica e terror ambientada na década de 1980 em Hawkins, Indiana. A série combina mistério, ação e elementos sobrenaturais com uma forte dose de nostalgia da cultura pop dos anos 80.

Claro que o apelo da série vem em partes do elenco cativante encabeçado por Millie Bobby Brown, Finn Wolfhard, entre outros. Mas, também, o que chama atenção em Stranger Things é o fato da série se inspirar e homenagear muitos elementos da década de 1980. Só que, quase que como de forma inacreditável, isso quase não entrou na série. É porque a versão original seria bem distante do que acabou sendo o sucesso da Netflix.

Versão original de Stranger Things era diferente e sem anos 1980

Stranger Things, a popular série da Netflix, tem muitas curiosidades interessantes em torno de sua produção e conceito. Uma delas, bastante inusitada, é que originalmente a série não seria ambientada nos anos 80, nem teria crianças como personagens principais.

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É que os irmãos Duffer, criadores da série, inicialmente imaginaram Stranger Things como uma antologia nos moldes de American Horror Story, onde cada temporada teria uma história e personagens diferentes.

O título original do projeto seria “Montauk”, e a série seria ambientada em Montauk, Nova York. Os rascunhos originais, aliás, eram bizarros, com uma trama nada atraente e bem sem graça. Foi então que, ao perceberem a possível bomba que tinham nas mãos, os roteiristas resolveram reescrever parte da trama, adicionando elementos atrativos como crianças como protagonistas e, claro, a atmosfera oitentista que deu um charme à Stranger Things.

Os detalhes de como seria a Stranger Things original (e bizarra)

A ideia original para Stranger Things era um pouco diferente da série que conhecemos e amamos hoje. Quando os irmãos Duffer, criadores da série, apresentaram o conceito original, eles tinham em mente algumas mudanças significativas:

1. Título e ambientação: A série originalmente se chamaria “Montauk”, pois estaria situada em Montauk, Nova York, e não em Hawkins, Indiana.
2. Abordagem mais sombria: A série seria mais voltada para adultos e teria um tom mais sombrio e perturbador.
3. Formato antológico: Os Duffer inicialmente pensaram em fazer Stranger Things como uma série antológica, semelhante a American Horror Story, onde cada temporada teria uma história e personagens diferentes. A primeira temporada terminaria com Will Byers não retornando do Mundo Invertido, e a cidade de Montauk ficando presa no inverno.
4. Mudanças nos personagens: Onze, interpretada por Millie Bobby Brown, inicialmente morreria no final da primeira temporada. Considerando a popularidade e importância de seu personagem, essa seria uma grande diferença em relação à série que conhecemos.

Essa versão nunca alcançou vida (ainda bem)

Felizmente, conforme a ideia evoluiu e a produção avançou, os produtores acabaram descartando muito dessas ideias iniciais. Stranger Things foi reposicionada para ter um equilíbrio entre os aspectos de terror e as amizades e romances adolescentes, tornando-a mais acessível para uma audiência mais ampla.

As mudanças, especialmente a mudança da ambientação e a decisão de manter Onze viva e desenvolver sua personagem ainda mais, provaram ser essenciais para o sucesso duradouro e a popularidade de Stranger Things.

Dessa forma, ao evoluir a ideia e mudar o foco para crianças nos anos 80, Stranger Things passou a se inspirar em obras de Stephen King e John Carpenter, realocando a história para a cidade fictícia de Hawkins, em Indiana.

É fascinante pensar em como Stranger Things poderia ter sido completamente diferente do que conhecemos hoje, se os irmãos Duffer tivessem seguido sua ideia original! Uma coisa é certa: jamais eles teriam criado um fenômeno cultural!

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Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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