Sweet Tooth: 2ª temporada quebrou regra inesperada na Netflix

A segunda temporada de Sweet Tooth quebrou uma regra surpreendente da série, estabelecendo um tom muito mais sombrio para a série Netflix. Aliás, com essa quebra de regra, a série estabeleceu que ninguém está a salvo do perigo na trama.

A primeira temporada de Sweet Tooth teve uma ótima recepção do público, mas viu algumas reações confusas de vários leitores de quadrinhos. Já que o material original era um assunto muito mais corajoso do que a série de TV que tinha um “tom de esperança”. Dito isto, esse não foi um movimento sem lógica, já que muitos dos momentos cômicos mais sombrios de Sweet Tooth poderiam afastado os espectadores.

No entanto, no final da segunda temporada de Sweet Tooth, a série começou a aproximar a série de suas raízes das HQs, tanto na história quanto no tom.

As críticas refletiram amplamente esse movimento, com reações divididas entre a empolgação com o fato da série estar mais próxima do original e alguma apreensão sobre o que isso significa para o futuro da história com a terceira temporada de Sweet Tooth.

O que chamou atenção, entretanto, foi um momento particularmente sombrio que quebrou uma regra que a série parecia ter e que provavelmente surpreendeu o público.

2ª temporada de Sweet Tooth quebra sua regra de morte infantil

Sweet Tooth 2 temporada — Imagem: Divulgação.

A segunda temporada de Sweet Tooth abre com brutalidade, mostrando um Roy morto no episódio 1 – confirmando totalmente as consequências de sua provação no final da primeira temporada.

Sweet Tooth nunca se esquivou totalmente da ideia de que a experimentação em híbridos envolveu suas mortes. Mas isso nunca foi mostrado explicitamente durante a primeira temporada e parecia provável que continuasse assim.

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Na 2ª temporada, no entanto, a série continua em uma cena do infeliz menino morrendo, cuja morte foi provocada apenas porque ele era uma criança híbrida. Pior ainda, a série deixa claro que Roy morreu em circunstâncias horríveis, devido à natureza dos próprios experimentos de cura.

Por que a 2ª temporada de Sweet Tooth tinha que ser mais sombria que a 1ª

A segunda temporada de Sweet Tooth sendo mais sombria do que a primeira pode ter sido uma surpresa para alguns espectadores. Mas era algo que a série precisava fazer.

Embora fazer a série mais leve do que seu material de origem faça sentido, há certas tramas integrais, que não podem realmente ser mais leves, como o tempo de prisão de Gus. Dessa forma, tornar tais tramas muito leve dificultaria o roteiro.

Remover a realidade dos experimentos cruéis nas crianças híbridas teria efetivamente sabotado o medo que o público sente por Gus. E, ainda, eliminaria algumas das apostas de suas tentativas de fuga, bem como feito Abbot parecer menos imponente também.

Da mesma forma, o próprio arco do personagem de Gus é em grande parte impulsionado pelas coisas terríveis com as quais ele tem que lidar em sua jornada. Que inclui coisas como a morte de Roy e as mortes do também jovem Animal Army.

Para Gus ter um desenvolvimento autêntico, precisa ficar claro que ele viu a brutalidade. E que isso mudou a forma como ele vê o mundo. De uma maneira estranha, quanto mais sombria a segunda temporada de Sweet Tooth se torna, mais esperançosa é a história de Gus. Pois apesar de ver o que a humanidade fez aos outros porque são como ele, ele ainda mantém um senso de esperança para o futuro.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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