Por que Young Sheldon não deu certo como spin-off de The Big Bang Theory?

Desde que The Big Bang Theory se despediu em 2019, ficou um vazio no coração dos fãs. Afinal, como não sentir saudades das aventuras nerds de Sheldon, Leonard, Penny e companhia? Para preencher essa lacuna, Young Sheldon tentou explorar o passado do excêntrico Sheldon Cooper.

No papel, parecia promissor. Mas a série acabou se afastando tanto da vibe original que, no fim, parecia uma produção completamente diferente.

Agora, Chuck Lorre está preparando um spin-off que promete ser a sequência de verdade que os fãs esperavam. E a estrela dessa vez? Stuart, o dono da Comic Center.

**Por que Young Sheldon não deu certo como spin-off?**

the big bang theory novo spin off — Imagem: Divulgação.

Quando Young Sheldon foi anunciado, a ideia era dar aos fãs uma visão mais profunda da infância de Sheldon. E, nos primeiros episódios, até que funcionou. A narração de Jim Parsons trazia aquele toque familiar, e ver o pequeno Sheldon desbravando a escola e sua família em Medford tinha seu charme.

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Mas o problema começou quando a série deixou de ser sobre Sheldon e passou a focar nos dramas dos outros personagens, como Georgie e Mandy.

Além disso, Young Sheldon foi perdendo a conexão com The Big Bang Theory, acumulando inconsistências no enredo. Por exemplo, quem acompanhou o original sabia que o pai de Sheldon, George Cooper, morria enquanto ele ainda era adolescente.

Mas a série flertou várias vezes com a ideia de mudar isso, a ponto de parecer uma “realidade alternativa”. Isso afastou os fãs que esperavam algo mais fiel à série-mãe.

Stuart: o personagem perfeito para um spin-off de The Big Bang Theory

stuart the big bang theory — Imagem: Divulgação.

Depois de aprender com os erros, Chuck Lorre está apostando suas fichas em Stuart, o eterno dono da loja de quadrinhos. Quem acompanhou The Big Bang Theory sabe que Stuart é aquele tipo de personagem que roubava a cena – meio desajeitado, azarado, mas com um coração enorme e um humor peculiar. Apesar de ter ficado à sombra do grupo principal, ele sempre teve momentos brilhantes que conquistaram os fãs.

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O spin-off será ambientado após o final da série original, mostrando Stuart tentando reconstruir sua loja e, provavelmente, sua vida. Ele é um personagem que carrega o charme e a alma geek de The Big Bang Theory, mas tem espaço de sobra para ser desenvolvido em novas histórias. (via TVLine)

Além disso, o cenário da Comic Center é praticamente um personagem por si só, cheio de referências ao universo nerd que fizeram a alegria dos fãs da série.

Diferente de Young Sheldon, que tentou reimaginar o passado, o spin-off de Stuart tem uma vantagem: ele pode continuar a história de onde The Big Bang Theory parou. Não precisa se preocupar em ajustar o tom ou justificar inconsistências. É uma oportunidade de criar algo novo, mas que ainda respeite o legado da série original.

O que os fãs podem esperar do spin-off de Stuart?

O desafio agora é capturar o que fez The Big Bang Theory tão especial: aquele humor leve, cheio de referências geek, mas com personagens que, no fundo, eram super relacionáveis. Stuart tem tudo para ser o ponto de equilíbrio entre a nostalgia da série original e uma nova perspectiva.

Se bem feito, esse spin-off pode finalmente trazer aos fãs o que Young Sheldon não conseguiu: uma expansão do universo de TBBT que realmente faz jus ao nome. Stuart pode não ter sido o protagonista que imaginamos, mas ele pode muito bem ser o herói improvável que a franquia precisava. Agora, é só torcer para que Chuck Lorre entregue a comédia nerd que os fãs merecem!

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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